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GOL tem lucro operacional de R$ 101 milhões no trimestre

O valor representa um crescimento de 1.293,2% ante os R$ 7 milhões anotados ao final de março de 2012


	No primeiro trimestre, a GOL reduziu em 15,7% sua oferta de assentos no mercado doméstico e atingiu um crescimento de 12,4% na receita de passageiro por assento quilômetro (PRASK)
 (Divulgação/Facebook)

No primeiro trimestre, a GOL reduziu em 15,7% sua oferta de assentos no mercado doméstico e atingiu um crescimento de 12,4% na receita de passageiro por assento quilômetro (PRASK) (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 09h37.

São Paulo - A GOL registrou lucro operacional de R$ 101 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 1.293,2% ante os R$ 7 milhões anotados ao final de março de 2012.

A margem operacional cresceu 4,6 pontos porcentuais, passando de 0,3% para 4,9%.

"Esse crescimento foi atingido em um cenário de pressão nos custos operacionais na comparação com o mesmo período anterior, representado pelo aumento em 14% no preço do combustível (patamar recorde para um trimestre), desvalorização do real frente ao dólar em 12% e um aumento de tarifas aeroportuárias e de conexão acima de 10%", destacou o presidente da companhia aérea, Paulo Sérgio Kakinoff, em mensagem da administração.

Segundo ele, o desempenho é resultado do ajuste da estrutura da empresa a um novo patamar de custo. Kakinoff salientou que a recuperação das margens operacionais positivas nesse trimestre teve forte influência do foco na execução da estratégia de controle de oferta, combinada ao ajuste na estrutura de custos.

No primeiro trimestre, a GOL reduziu em 15,7% sua oferta de assentos no mercado doméstico e atingiu um crescimento de 12,4% na receita de passageiro por assento quilômetro (PRASK) na comparação com o primeiro trimestre de 2012, passando de R$ 0,1546, ante R$ 0,1375.

Resultado financeiro

O resultado financeiro líquido da empresa cresceu 360,7%, totalizando uma despesa de R$ 106,9 milhões no primeiro trimestre de 2013, frente a um resultado negativo de R$ 23,2 milhões em igual período de 2012.


Somente as despesas com juros totalizaram R$ 120,8 milhões, montante 5,4% maior em relação ao do primeiro trimestre de 2012, principalmente por causa do efeito combinado do aumento da dívida total da companhia e depreciação da taxa de câmbio do real frente ao dólar final do período em 11%, o que gerou impacto negativo no endividamento em moeda americana, que passou para 73% ao final de março, ante 67% no mesmo mês do ano passado.

As outras despesas financeiras apresentaram aumento de 20%, somando R$ 39,1 milhões, frente aos R$ 32,3 milhões no primeiro trimestre de 2012.

Por outro lado, a receita financeira somou R$ 24,8 milhões entre janeiro e março, o que representou uma queda de 21,9% frente aos R$ 31,7 milhões registrados na mesma etapa de 2012.

A queda é explicada pelo menor volume do caixa médio aplicado e pela redução da taxa básica de juros (Selic), considerando que grande parte das aplicações realizadas do caixa da companhia são remuneradas ao CDI.

Dívida líquida

A dívida líquida da GOL voltou a crescer no primeiro trimestre, alcançando R$ 3,727 bilhões, 37,2% acima dos R$ 2,717 bilhões ao final de março de 2012 e 3,4% superior aos R$ 3,606 bilhões observados no encerramento do ano passado. Ainda assim, a empresa aérea reiterou a intenção de reduzir seus compromissos financeiros no horizonte dos próximos três anos.


O endividamento total atingiu R$ 5,347 bilhões, o que representa um crescimento de 9,7% e 3%, respectivamente. O porcentual do endividamento em dólares alcançou 73%, alta de 5,9 pontos porcentuais frente os 67,1% do primeiro trimestre do ano passado e de 2,9 p.p. ante o verificado em dezembro.

Embora a dívida de curto prazo tenha recuado 71,1% frente o primeiro trimestre de 2012, aumentou 5,9% em relação ao quatro trimestre do ano passado e agora soma R$ 496,9 milhões.

As dívidas de longo prazo, por sua vez, alcançaram R$ 4,85 bilhões, o que representa uma alta de 39,7% frente a março de 2012 e de 10,1% ante o fechamento do ano. O prazo médio de vencimento destas dívidas de longo prazo, excluindo o bônus perpétuo e o leasing financeiro, estava em 7,3 anos, com taxa média de 10,5% nas obrigações em moeda local e 9,0% nas obrigações em dólar.

Já o índice de alavancagem (dívida bruta ajustada/Ebitdar) ficou em 27,9 vezes, abaixo das 37,6 vezes do quarto trimestre de 2012, mas acima das 14,9 vezes do primeiro trimestre do ano passado.

A redução em relação ao quarto trimestre ocorreu em função do processo de recomposição do Ebitdar, segundo a companhia.

A Gol encerrou os primeiros três meses deste ano com Ebitdar de R$ 367 milhões, e margem de 17,6%, montante superior aos R$ 258 milhões, com margem de 3,2%, registrados no exercício completo de 2012. A Gol salienta que as métricas de avalancagem financeira apresentarão uma recuperação gradativa ao longo do ano de 2013.

O caixa total da companhia estava, ao final do primeiro trimestre, em R$ 1,619 bilhão, montante 24,9% menor do que o verificado um ano antes, mas 2,2% acima do anotado em dezembro.

O índice de liquidez corrente (divisão das disponibilidades totais e recebíveis pelo passivo circulante) ficou em 0,6 vez no primeiro trimestre, ante 0,4 vez no quarto trimestre e 0,9 vez no primeiro trimestre de 2012.

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