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Gol reduz prejuízo no 2º trimestre

No mesmo período em 2018, prejuízo da Gol Linhas Aéreas foi de R$ 1,9 bilhão

Gol: empresa também revisou projeções para o ano, incluindo para o lucro por ação, que agora espera que fique entre R$ 1,40 e 1,70 (NurPhoto/Getty Images)

Gol: empresa também revisou projeções para o ano, incluindo para o lucro por ação, que agora espera que fique entre R$ 1,40 e 1,70 (NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 10h18.

A Gol teve prejuízo líquido de 194,6 milhões de reais no segundo trimestre, uma forte queda em relação ao resultado negativo do mesmo período de 2018 (1,9 bilhão de reais), ajudada pelo forte crescimento de receita, conforme dados divulgados pela companhia aérea nesta quinta-feira.

De abril a junho, a receita operacional líquida totalizou 3,1 bilhões de reais, alta de 33,4% na comparação ano a ano e também a maior valor já registrado pela empresa em um segundo trimestre. A Gol tem se beneficiado da suspensão de voos da rival Avianca Brasil, em processo de recuperação judicial.

A receita operacional líquida por assento quilômetro ofertado (RASK, na sigla em inglês) foi de 0,2763 real, um aumento de 25,3% em comparação com os mesmos meses de 2018.

"Atualmente, as tendências de receita e reservas de passageiros permanecem fortes, e a companhia espera que o RASK do terceiro trimestre de 2019 aumente de 11% a 13%, em comparação com o terceiro trimestre de 2018", afirmou a Gol em comunicado sobre o desempenho do segundo trimestre.

O custo unitário baseado no custo por assento quilômetro ofertado (CASK), excluindo despesas não recorrentes, aumentou em 13,6%, para 0,2412 real, principalmente devido ao aumento dos custos com combustível, segundo a Gol, consequência do acréscimo de 9,8% no preço de querosene de aviação.

O lucro operacional medido pelo Ebit foi de 399,4 milhões de reais, acima dos 87,1 milhões de reais do mesmo período do ano passado, com a margem subindo para 12,7%, maior patamar desde 2006, mesmo diante do aumento de 8,8% na taxa de câmbio média e do acréscimo no preço de querosene de aviação.

No final de junho, a Gol registrava uma relação dívida líquida/Ebitda de 3,1 vezes, contra 3,3 vezes no final de março.

A companhia disse que, "apesar do groundeamento temporário do Boeing 737 MAX, a malha aérea da GOL está apresentando um bom desempenho e nossas perspectivas financeiras para o segundo semestre de 2019 permanecem sólidas. A utilização de aeronaves atingiu 11,7 horas bloco no trimestre.

"Temos flexibilidade em nosso plano de frota, incluindo a possibilidade de arrendar mais aeronaves Boeing 737 NG", disse o diretor presidente da Gol, Paulo Kakinoff, no comunicado sobre o balanço. "Com base na mais recente previsão da Boeing, estimamos a aprovação para o retorno do MAX pelos órgãos reguladores competentes no quarto trimestre de 2019."

Projeções

A Gol também revisou projeções para o ano, incluindo para o lucro por ação, que agora espera que fique entre 1,40 e 1,70 real, de 1,20 a 1,60 real anteriormente. Para 2020, estima entre 2 e 2,50 reais, ante 1,80 e 2,30 reais estimados previamente.

Em relação à frota média total, calcula que ficará entre 125 e 127 neste ano, contra previsão anterior de 124 a 127; e entre 131 e 136 em 2020, contra estimativa anterior de 128 a 131.

Ainda, a companhia anunciou programa de recompra de até 3 milhões de ações preferenciais, a ser concluído nos próximos 12 meses.

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