Avião da GOL: o fundo aplicará até 90 milhões de dólares na empresa e a Delta os 56 milhões restantes (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 21h33.
São Paulo - A GOL anunciou nesta sexta-feira acordos financeiros com a parceira norte-americana Delta Air Lines de até 446 milhões de dólares para reforçar a liquidez da companhia brasileira.
Os acordos envolvem aumento de capital e empréstimo a ser captado no mercado.
Por um lado, o controlador da GOL, o fundo de investimentos Volluto, e a Delta vão injetar até 146 milhões de dólares na GOL via aumento de capital com emissão de novas ações preferenciais.
De outro, a Delta vai garantir um empréstimo de até 300 milhões de dólares a ser contratado pela GOL ainda este ano, com a contragarantia sendo constituída na forma de ações da empresa de redes de fidelidade de clientes da GOL, a Smiles, atualmente em poder da companhia aérea brasileira.
O vice-presidente financeiro da GOL, Edmar Lopes Neto, afirmou a jornalistas que não há "nenhuma questão de liquidez neste momento" e que as operações foram acordadas porque a companhia normalmente antecipa "eventuais necessidades mais a frente". Citando o número mais recente publicado pela GOL, o caixa era de 2,4 bilhões de reais.
"Sempre é importante reforçar a liquidez da companhia. Não é uma questão de curto prazo, porque se olharmos o perfil de dívida, não há nenhuma necesidade maior no curto prazo, e por curto prazo entenda-se até 12 meses", acrescentou Lopes.
O executivo não deu detalhes do empréstimo, mas afirmou que a empresa pretende obtê-lo ainda este ano, dependendo das condições dos mercados de capitais.
Sobre o investimento de 146 milhões de dólares, o Volluto, da família fundadora da GOL, vai entrar com até 90 milhões de dólares e a Delta, com até os 56 milhões restantes. Os termos do aumento de capital para permitir o investimento serão divulgados em 14 de julho, afirmou a companhia aérea.
Por ora, a GOL afirmou que o fundo Volluto vai exercer direito de preferência na operação de aumento de capital da GOL e subscrever aproximadamente 61 por cento das novas ações. O restante será cedido em favor da Delta.
Já a companhia norte-americana vai exercer direito de preferência para subscrever cerca de 2,9 por cento das novas ações a que tem direito e poderá ficar com eventuais sobras de papéis que não forem exercidos pelos demais acionistas da GOL.
Texto atualizado às 21h33