Recuperação: companhia prevê aumento da ocupação e melhoria do setor com as vacinações (Germano Lüders/Exame)
Gabriel Aguiar
Publicado em 26 de maio de 2021 às 09h31.
Última atualização em 26 de maio de 2021 às 10h31.
A Gol Linhas Aéreas anunciou hoje (26) as perspectivas preliminares e projeções financeiras para o segundo semestre de 2021. E, pelo que a companhia aérea estima, os voos comerciais deverão ter melhoras significativas no período, principalmente por conta dos avanços na aplicação das vacinas contra a covid-19 pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
Em comunicado emitido ao mercado e aos investidores, a empresa afirma ter observado “melhoria significativa” nas vendas de passagens para voos do mercado doméstico durante o mês de maio. E, apesar de a recuperação da demanda no cenário pós-pandemia ser considerada de difícil previsão, persistindo o “elevado de grau de incerteza”, a estimativa é boa.
Para a segunda metade deste ano, a Gol Linhas Aéreas prevê taxa de ocupação de 81% (contra 79% projetados anteriormente pela companhia aérea). Os custos unitários recorrentes também deverão baixar 40% em relação ao mesmo período do ano passado, o que revela uma melhoria significativa frente à previsão de custos 27% inferiores que havia sido falada.
Também foi anunciado a quitação integral do empréstimo de curto prazo de 250 milhões de dólares recebido em agosto de 2020, que, junto com o término da aquisição de participação minoritária no programa de fidelidade Smiles, liberou ativos não onerados da companhia. Com isso, a previsão é de encerrar este ano com as “obrigações financeiras endereçadas”.
Em nota publicada, a Gol Linhas Aéreas diz que “também estará muito bem posicionada para capturar o crescimento do mercado doméstico brasileiro de transporte aéreo esperado para o segundo semestre”, iniciando no próximo mês de junho a transição para o período de alta temporada. E, combinadas, essas medidas garantiram “maior visibilidade dos resultados” à empresa.
Variação Anual PIB Brasil vs. 2020 (%) – + 8,8% (preliminar 2,3%);
Rotas domésticas atendidas (média) – ~114 (~159);
Frota operacional (final do período) – ~80 (~110);
ASK total (bilhões) – ~4,2 (~18,8);
Taxa de ocupação (%) – ~81 (~80);
CASK ex-combustível vs. 2020 – Redução de ~40% (redução de ~8%);
Emissões globais brutas do escopo 1 (mil t CO²) – ~314,6 (~1.395,0);
Combustível total consumido (litros, 1.000/RPK) – ~30,0 (~36,1);
Emissões de gases do efeito estufa/h voo (t CO²) – ~7,4 (~7,9);
Receita operacional líquida (R$ bi) – ~1,0 (~6,0);
Outras receitas (carga, fidelidade, outras) – ~15% da receita (~7% da receita);
EBITDA (R$ bi) – ~0,1 (~2,0);
CAPEX (R$ bi) – ~0,1 (~0,3);
Liquidez total (R$ bi) – ~4,2 (~4,5);
Dívida líquida (R$ bi) – ~14,8 (~14,8);
Relação dívida líquida / EBITDA 4T21E (x) – N.S. (~3,0x).
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