A autorização prevê 14 frequências semanais (slots) da Gol para o país e sete para a Venezuela em nome da VRG Linhas Aéreas S/A (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 22h26.
São Pualo - A Gol confirmou nesta quarta-feira ao site de VEJA que voltará a voar regularmente para os Estados Unidos. O pedido de autorização para operar a rota, feito à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi deferido por meio das portarias 325 e 326, de 16 de fevereiro deste ano.
A autorização prevê 14 frequências semanais (slots) da Gol para o país e sete para a Venezuela em nome da VRG Linhas Aéreas S/A. A VRG é a razão social da antiga Varig, que foi adquirida pela empresa da família Constantino em março de 2007 e que, após o negócio, ficou encarregada de parte das rotas internacionais do grupo. Desde 2008, no entanto, a VRG abandonou os vôos ao exterior.
A decisão de conceder os slots foi publicada no último dia 17 no Diário Oficial da União (DOU). Embora a empresa tenha obtido o aval da agência reguladora, não há previsão de quando e para quais cidades americanas e venezuelanas os voos serão realizados.
Em nota, a companhia aérea disse que ainda são necessárias "uma série de exigências legais dos países envolvidos para depois entrar com a solicitação definitiva de voo", dentre eles o pedido que identifica "claramente os aeroportos de origem e destino, a frequência dos voos, os horários, a aeronave específica e outros dados técnicos".
Em contato telefônico, a assessoria da Gol confirmou que, embora não possa dar um prazo, a empresa voltará a voar para os EUA.
Queda – Balanço mensal da Anac, divulgado nesta segunda-feira, aponta que a Gol perde participação nas rotas ao exterior. Na comparação de janeiro de 2011 com igual mês do ano anterior, a fatia da empresa nos vôos internacionais operados por brasileiras recuou de 15,04% para 11,78%. Sua principal concorrente, a TAM, movimentou-se na direção oposta, crescendo de 83,73% para 86,71%. O mercado americano, bastante procurado por brasileiros, surge como candidato natural para uma eventual estratégia da Gol para recuperar terreno.
Parceria – Ainda que não tenha freqüências diretas para os Estados Unidos, a Gol mantém acordos de compartilhamento de assentos e de reciprocidade de programas de milhagem com a Delta – a maior empresa do setor no país e também do mundo. Em 7 de dezembro, a gigante americana anunciou, inclusive, um plano para adquirir participação minoritária na brasileira, com investimento de 100 milhões de dólares.