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GM processa Fiat por subornos a dirigentes sindicais

A General Motors acusa a FCA de subornar dirigentes de sindicatos para obter lucros indevidos nas negociações trabalhistas

GM: montadora acusa e processa rival sob alegação de suborno (Rebecca Cook/Reuters)

GM: montadora acusa e processa rival sob alegação de suborno (Rebecca Cook/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 17h16.

A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira que processou a Fiat Chrysler (FCA), a qual acusa de subornar dirigentes sindicais para obter lucros indevidos nas negociações trabalhistas.

O processo se baseia em declarações de culpa expressadas por ex-executivos da FCA em um caso referido a um programa de treinamento de empregados que manchou a imagem do poderoso sindicato da indústria do automóvel dos Estados Unidos UAW.

A GM recorreu à justiça poucas semanas depois de pactar com o UAW o fim de uma longa greve. O sindicato atualmente está em negociações salariais com a FCA, a última das "Três Grandes" companhias de Detroit após ter pactado acordos com a GM e a Ford.

"A FCA foi um claro promotor de uma enorme má conduta ao pagar milhões de dólares em subornos para obter lucros, concessões e vantagens na negociação, implementação e administração dos acordos trabalhistas", disse a GM em seu anúncio.

A GM alegou que as ações da FCA "corromperam a implementação do acordo de negociação salarial de 2009", assim como a "negociação, implementação e administração dos acordos de 2011 e 2015".

A FCA respondeu imediatamente que o processo da GM "carece de justificação" e busca perturbar sua prevista fusão com o grupo francês PSA.

"Estamos assombrados por esta ação, tanto por seu conteúdo como pelo momento" em que se apresentou, disse a FCA em um comunicado no qual também aludiu às tratativas em curso com o UAW.

"Só podemos supor que isto pretende perturbar nossa projetada fusão com o PSA e nossas negociações com o UAW", acrescenta a nota.

Um porta-voz do UAW disse que os contratos sindicais não resultaram afetados pelo caso dos subornos mas considerou "lamentável" que o escândalo lance dúvidas sobre o processo de depuração interna que o sindicato se propôs empreender.

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