GM: linha da montagem em Gravataí (RS) (GM/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 15h05.
São Paulo - A General Motors (GM) terá novidades para o Brasil. “Teremos nove carros novos até 2012”, diz o colombiano Jaime Ardila, presidente da unidade no país. Do total, três modelos chegarão ao mercado ainda neste ano e a montadora já afirmou que prepara mais novidades para o ano 2013 – sem detalhar nenhuma.
Os novos carros são parte de um pacote de investimentos de 2 bilhões de reais para 2011 destinados somente a produtos, dentro de um total 5,42 bilhões de reais até 2012 no Brasil. Além disso, nos próximos dois anos, a montadora também vai relançar os 19 produtos que já possui em seu portfólio.
No ano passado, em entrevista a EXAME.com, a ex-presidente da unidade brasileira Denise Johnson, afirmou: “Estamos estudando mais carros de pequeno porte”. Ardila confirmou, nesta quinta-feira (24/2), a manutenção dos planos. “Entre os novos modelos, pode haver carros destinados à nova classe média”, diz ele, numa referência a possíveis veículos mais baratos.
Atualmente, o modelo mais barato da GM é o Celta, na faixa de 23.000 reais. Com a ascensão da classe C, porém, as montadoras começam a se preocupar em desenvolver produtos adequados ao seu bolso – já que as recentes medidas de restrição ao crédito, baixadas pelo governo para esfriar a economia – podem ter um impacto direto sobre esse nicho. Na última semana, a Volkswagen, que ultrapassou a GM como a segunda maior montadora do Brasil, afirmou que pode desenvolver um carro mais barato que o Gol, seu modelo de entrada. Hoje, a versão mais barata do Gol não sai por menos de 26.000 reais.
Segundo a consultoria GFK, quase 10 milhões de pessoas que pretendem adquirir o primeiro carro zero quilômetro nos próximos anos - 38% das quais provêm das classes C e D.
Tanto investimento faz parte dos esforços da montadora para manter – e até aumentar – a participação de mercado. Durante os oito meses da gestão de Denise Johnson, a montadora foi ultrapassada pela alemã Volkswagen. A queda, no entanto, não foi expressiva: de 18,7% para 18,4%. Jaime Ardila explica: “Não nos baseamos em participação de mercado. Queremos oferecer os melhores produtos aos clientes e esse aumento será uma consequência natural”.