GM: o grupo emprega atualmente 16 mil trabalhadores no Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de agosto de 2017 às 17h02.
Última atualização em 25 de agosto de 2017 às 17h11.
São Paulo - Em encontro com o presidente Michel Temer na tarde desta sexta-feira, 25, em São Paulo, o presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, informou que o grupo vai investir R$ 3,1 bilhões nas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e de Joinville (SC).
Por enquanto, não há previsão de novos empregos, mas o executivo não descarta contratações ao logo dos próximos anos. O grupo emprega atualmente 16 mil trabalhadores nas fábricas do País.
Há três semanas, o grupo já havia anunciado R$ 1,4 bilhão para a fábrica de Gravataí (RS). Ao todo, serão aplicados R$ 4,5 bilhões nas três unidades até 2020.
A fábrica de São Caetano, onde são produzidos os modelos Cobalt, Montana,Spin e Ônix Joy, ficará com R$ 1,2 bilhão do novo montante. A de Joinville, que produz motores e cabeçotes, receberá R$ 1,9 bilhão.
Os dois anúncios estão inseridos no plano geral da empresa, de aplicar R$ 13 bilhões nas operações brasileiras entre 2014 e 2020.
O dinheiro será gasto na modernização das fábricas, novas tecnologias e no desenvolvimento de novos produtos, alguns deles em substituição a modelos atuais e outros em segmentos em que a empresa ainda não tem produção local, como o de utilitários esportivos de pequeno porte, um dos que mais cresce no mercado atualmente.
Não há, por enquanto, novo projeto previsto para a fábrica de São José dos Campos (SP), voltada à produção da picape S10 e do utilitário Trailblazer, além de componentes.
"Estamos realizando o maior plano de investimentos da indústria no País, o que reforça nossa confiança no potencial de crescimento do mercado", diz Zarlenga.
"O novo aporte em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vai permitir ampliar a linha de produtos da Chevrolet, oferecendo o que há de mais avançado no mercado em tecnologia, com foco em conectividade total, segurança e eficiência energética".
Segundo o executivo, o grupo pretende transformar as operações brasileiras em uma plataforma de exportação principalmente para os países da região.
"Com mais eficiência em custos poderemos exportar também para outras regiões", afirma Zarlenga.
O presidente da GM elogiou a aprovação da reforma trabalhista e defendeu a continuidade de reformas necessárias para melhorar a competitividade brasileira, em especial a tributária.