GM e Peugeot firmam parceria global (Divulgação)
Daniela Barbosa
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 15h45.
São Paulo – Após rumores, as montadoras General Motors (GM) e PSA Peugeot Citroën confirmaram, nesta quarta-feira, a criação de uma aliança estratégica global. A parceria tem como objetivo aumentar a rentabilidade e impulsionar as operações das duas companhias no mercado europeu.
Segundo comunicado divulgado pelas montadoras, a aliança foi firmada com base em dois pilares: compartilhar plataformas de veículos, componentes e módulos e criar uma joint venture de compras para produtos e serviços que atue em escala mundial, com volume total de compras de aproximadamente 125 bilhões de dólares por ano. É esperado ainda sinergias de 2 bilhões de dólares por ano, em um período de cinco anos, com o negócio.
Para a Peugeot, a aliança irá proporcionar um aumento de capital de aproximadamente 1 bilhão de euros, por meio da emissão de ações preferenciais para acionistas do grupo. Faz parte do acordo também, a aquisição de uma participação de 7% da montadora francesa pela GM, que se tornará a segundo maior acionista da Peugeot.
De acordo com Dan Akerson, CEO da GM, trata-se de uma formidável oportunidade para as duas companhias. "As sinergias criadas pela Aliança, que complementam os planos de cada parceiro, contribuirão para garantir à companhia uma rentabilidade duradoura e sustentável na Europa", disse o executivo em nota.
"Esta Aliança é um momento muito importante na história de cada grupo e oferece grandes possibilidades. Com o apoio de nosso principal acionista e a chegada de um novo e prestigioso acionista no capital da PSA Peugeot Citroën, toda a empresa está se mobilizando para potencializar os benefícios da aliança o mais rapidamente possível", disse Philippe Varin, Presidente Mundial da PSA Peugeot Citroën.
A efetivação do acordo precisa passar pela aprovação de alguns órgãos de defesa da concorrência. Apesar da parceria, as duas companhias vão continuar a comercializar seus veículos de maneira independente e segundo sua própria política concorrencial.