GM: dona da marca Chevrolet sairá da dependência do governo americano cinco anos depois da crise (Dimas Ardian/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 15h20.
São Paulo – O Departamento do Tesouro Americano anunciou, nesta quinta-feira, que pretende vender as 31,1 milhões de ações da General Mortors (GM) (2,2% do total da empresa) que ainda possui até o fim de dezembro. A transação encerrará os quase cinco anos de participação do governo, que comprou 61% das ações da montadora para evitar que ela fosse à falência.
Por conta da crise de 2008, a GM entrou com um pedido de concordata em junho de 2009, tornando-se a terceira maior quebra de empresa da história dos Estados Unidos, atrás da Lehman Brothers e da WorldCom.
A compra das ações significou, à época, um aporte de 30,1 bilhões de dólares à montadora. O governo concedeu, no total, uma ajuda de 49,5 bilhões de dólares, que a GM utilizou para se reestruturar. Em novembro de 2010, ela voltou a comercializar ações na bolsa de Nova York e, aos poucos, a recomprar do governo partes de sua empresa.
Resultado positivo
O anúncio do Departamento do Tesouro Americano se juntou às boas notícias de 2013 para a GM, que apresentou, no fim de outubro, um lucro trimestral de 757 milhões de dólares. O valor está acima do esperado por analistas, apesar de ser inferior ao do mesmo período do ano passado.
A surpresa se deveu à alta no mercado dos Estados Unidos e da Europa, a primeira depois de dois anos de crise no continente. O vice-presidente financeiro da companhia, Dan Ammann, afirmou, na ocasião, que espera que até o fim de 2014, a unidade europeia da GM voltasse a equilibrar receitas e despesas. A região dá prejuízo à companhia há 13 anos consecutivos.
Ao que parece, a montadora que o presidente americano Barack Obama se esforçou tanto para salvar está de volta aos trilhos. No início do ano que vem, a mesa diretora apontará um novo diretor executivo para mantê-la assim.