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Gigante americana de autopeças abre loja em SP

A americana Autozone, dona de 5 mil lojas e faturamento global de US$ 9 bilhões, vai inaugurar na sexta-feira, 05, a sua primeira loja em São Paulo


	A Autozone chegou ao Brasil em 2012, com uma loja piloto na cidade de Sorocaba
 (Getty Images/Joe Raedle)

A Autozone chegou ao Brasil em 2012, com uma loja piloto na cidade de Sorocaba (Getty Images/Joe Raedle)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 08h42.

São Paulo - Depois da formação de grandes redes de varejo focadas em materiais de construção, brinquedos ou produtos para animais de estimação no Brasil, a próxima onda do comércio de nicho deve ser a venda de autopeças.

A americana Autozone, dona de 5 mil lojas e faturamento global de US$ 9 bilhões, vai inaugurar na sexta-feira, 05, a sua primeira loja em São Paulo. O plano da companhia é levar seus serviços para todo o país e formar uma gigante do varejo especializado em autopeças.

A Autozone chegou ao Brasil em 2012, com uma loja piloto na cidade de Sorocaba. Até o momento, a companhia tem quatro unidades no estado de São Paulo.

Segundo o diretor-geral da empresa no Brasil, Mauricio Braz, a companhia testou o mercado nos primeiros anos e agora deve partir para um plano de expansão mais agressivo.

As próximas três unidades serão abertas na capital paulista este ano. "Nossos planos para o Brasil são ambiciosos. O modelo depende de escala", explica Braz.

Ele não revela quantas lojas a companhia pretende abrir no Brasil. Braz, no entanto, destaca que o mercado brasileiro é maior que o mexicano e lá a Autozone tem 400 unidades.

A existência da quarta maior frota de veículos do mundo no Brasil, estimada em 35 milhões de carros e comerciais leves pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), torna elevado o potencial de vendas de autopeças no país, explica Eugenio Foganholo, diretor da consultoria Mixxer, especializada em varejo e bens de consumo.

"O varejo de autopeças é extremamente pulverizado. Há espaço para uma grande rede no setor."

Ele lembra que a tendência no varejo brasileiro é se especializar e ganhar escala. De olho no potencial de crescimento do varejo de nichos, diversos fundos de private equity compraram recentemente fatias de empresas como Ri Happy, de brinquedos, e Pet Center Marginal, de produtos para animais.

Concorrência

Em São Paulo, a Autozone vai disputar o mercado com empresas familiares que já tem megalojas especializadas na venda de autopeças, como a Voli, que tem quatro unidades, e a Mercadocar, com cinco lojas. Ambas se denominam "shoppings de autopeças" e apostam em um modelo de lojas com uma média de 8.000 m² e venda consultiva.

Tanto a Voli quanto a Mercadocar nasceram como pequenas lojas de autopeças e depois expandiram o formato para megalojas. A Voli, por exemplo, abriu sua primeira lojinha há 45 anos, com uma marca que misturava os nomes das montadoras que atuavam no Brasil na época - o "Vo" é de Volkswagen e o "li" é de Willys.

A loja se tornou um "hipermercado" de produtos para o carro depois que o seu fundador voltou de uma viagem ao Japão, onde foi visitar familiares. "Meu pai viu que lá existiam grandes lojas de autopeças e voltou com a ideia de fazer um supermercado", conta Elizabeth Sato, diretora da Voli.

Elizabeth diz que a Voli também tem planos de expansão para 2015, quando deve estrear um novo formato de lojas, cujos detalhes ela não revela.

Já a Mercadocar está no varejo há 41 anos, mas se tornou uma rede a partir de 2002, quando abriu sua segunda unidade. Hoje são cinco lojas. A maior delas fica no bairro Barra Funda, de São Paulo, tem 15 mil metros quadrados, 100 mil itens e funciona 24 horas.

Segundo o diretor comercial da empresa, André Gandra, a Mercadocar pretende abrir sua sexta loja na cidade em 2015 e lançar um e-commerce.

Gandra e Elizabeth dizem não se preocupar com a chegada da Autozone em São Paulo, justificando que o modelo de lojas é diferente. Enquanto Voli e Mercadocar apostam em lojas maiores, similares aos hipermercados no varejo de alimentos, a Autozone tem lojas com 700 m² de aérea construída, um formato que lembra os mercados de bairro e aposta na conveniência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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