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Ghosn é suspeito de transferir perdas pessoais para Nissan, diz jornal

Citando múltiplas fontes, jornal japonês disse que o executivo repassou prejuízo de 1,7 bilhão de ienes (15 milhões de dólares) para a Nissan

Carlos Ghosn apresenta o Nissan Altima 2013 nos Estados Unidos (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

Carlos Ghosn apresenta o Nissan Altima 2013 nos Estados Unidos (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 08h22.

Tóquio - O ex-presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn transferiu perdas sofridas em investimentos particulares durante a crise financeira de 2008 para a montadora, evitando prejuízo pessoal de milhões de dólares, disse o jornal japonês Asahi Shimbun nesta terça-feira.

Citando múltiplas fontes não identificadas, o jornal disse que o executivo repassou prejuízo de 1,7 bilhão de ienes (15 milhões de dólares) para a Nissan por meio de uma operação financeira quando foi cobrado por um banco.

A Comissão de Vigilância de Títulos e Câmbio do Japão (Sesc) descobriu as irregularidades durante inspeção de rotina neste ano, segundo o Asahi.

A Nissan disse não poder comentar a informação, e um porta-voz da Sesc disse que o órgão não pode falar sobre casos individuais.

Ghosn está detido em Tóquio após ser preso na semana passada por fraude financeira, incluindo acusações de subdeclarar sua remuneração durante anos. O executivo nega as alegações, segundo a emissora pública japonesa NHK.

Ghosn, que foi removido por votação unânime como presidente do conselho de administração da Nissan na semana passada, também foi deposto de seu cargo na parceira Mitsubishi na segunda-feira.

(Reportagem de Ritsuko Ando, Kaori Kaneko e Takahiko Wada)

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