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Gerdau espera investimentos em infraestrutura dos EUA

A Gerdau obtém cerca de um terço de sua geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na América do Norte

Gerdau: o pleito do setor de aços longos dos EUA por barreiras comerciais contra importação de vergalhões não deve sofrer influências políticas como resultado da eleição (.)

Gerdau: o pleito do setor de aços longos dos EUA por barreiras comerciais contra importação de vergalhões não deve sofrer influências políticas como resultado da eleição (.)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 13h52.

Última atualização em 9 de novembro de 2016 às 21h43.

São Paulo - O grupo siderúrgico Gerdau espera que os Estados Unidos retomem investimentos em infraestrutura, após a eleição vencida pelo republicano Donald Trump, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da empresa, Andre Gerdau Johannpeter.

"Há necessidade muito forte de investimentos em infraestrutura e isso estava no programa do presidente Trump (...) Esperamos que ele faça investimentos e isso afeta o setor de aço", disse Gerdau, em teleconferência com jornalistas após a publicação dos resultados de terceiro trimestre.

A Gerdau obtém cerca de um terço de sua geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na América do Norte.

No terceiro trimestre, a empresa teve queda de 28 por cento na receita líquida na América do Norte sobre um ano antes e o Ebitda recuou 47 por cento, movimento atribuído pela Gerdau a um cenário de incerteza política, menor atividade industrial e competição com produtos importados.

Segundo Gerdau, o pleito do setor de aços longos dos EUA por barreiras comerciais contra importação de vergalhões não deve sofrer influências políticas como resultado da eleição.

"Os EUA são um país com instituições muito fortes, os casos de questionamentos de importações, como vergalhões, vão ser avaliados tecnicamente pelos órgãos do país", disse o executivo.

Às 13:41, as ações da Gerdau exibiam alta de 4,8 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava retração de 1,5 por cento.

Sobre as operações da empresa no México, Gerdau evitou dar detalhes, mas disse que não espera mudanças significativas nos termos do tratado de comércio Nafta com os EUA.

No Brasil, onde a empresa teve queda de 23,5 por cento nas vendas de aço e as exportações caíram quase 32 por cento no trimestre, a expectativa é de retração de 14 por cento no consumo de aço em 2017, apesar da economia mostrar "sinais de que o pior já tenha passado".

Gerdau comentou que espera "alguma recuperação" na demanda por veículos no país, o que pode ajudar as operações de aços especiais do grupo, que têm a indústria automotiva como um dos principais clientes.

Na véspera, representantes de montadoras de veículos como Fiat, Ford, Volkswagen disseramesperar crescimento de um dígito nas vendas em 2017, após queda prevista para este ano de cerca de 20 por cento.

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