Negócios

Geely quer desafiar BMW e Mercedes com sedã esportivo

O bilionário fundador da Geely se prepara para produzir um sedã esportivo em um momento em que as fabricantes chinesas desafiam a BMW e a Mercedes


	Geely: Geely exibirá um sedã esportivo conceito no Salão do Automóvel de Xangai
 (Divulgação/Geely)

Geely: Geely exibirá um sedã esportivo conceito no Salão do Automóvel de Xangai (Divulgação/Geely)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 20h37.

Xangai - Li Shufu, o bilionário fundador da Geely Automobile Holdings Ltd., se prepara para produzir um sedã esportivo em um momento em que as fabricantes de veículos chinesas desafiam a Bayerische Motoren Werke AG e a Mercedes-Benz, da Daimler AG, no mercado local de carros de luxo.

A Geely exibirá um sedã esportivo conceito no Salão do Automóvel de Xangai, que começa nesta semana, desenvolvido por uma equipe liderada pelo ex-diretor de design da Volvo Cars, Peter Horbury. O segmento é dominado por modelos como o BMW Série 3 e o Mercedes-Benz CLS.

As fabricantes de veículos chinesas estão tentando produzir carros de padrão mais alto para atender as crescentes aspirações dos consumidores após conseguirem dominar o mercado de SUVs, que está crescendo rapidamente, com alternativas mais baratas. Para Li, que começou fabricando peças de refrigeradores e motocicletas, produzir sedãs esportivos é uma forma de a Geely mudar a imagem de fabricante de carros utilitários como o subcompacto Panda, que custa 39.900 yuans (US$ 6.400).

“Precisamos continuar avançando, precisamos continuar nos atualizando e mudando nosso leque de produtos”, disse Horbury, em entrevista em Xangai na semana passada. “A Geely está levando o design e a engenharia a sério. O que era ‘bom o bastante’ na China já não é suficientemente bom. O mercado chinês está amadurecendo muito rapidamente”.

Se for construído, o sedã será o primeiro modelo esportivo da Geely desde que a empresa deixou de produzir um cupê conhecido como “Beauty Leopard” em 2009. O modelo de duas portas foi anunciado como o primeiro carro esportivo da China quando fez sua estreia, mas não conseguiu ganhar popularidade e vendeu menos de 4.000 veículos por ano em seu auge.

Inspiração do design

O design do protótipo foi parcialmente inspirado nos arranha-céus de Xangai e em uma famosa ponte sobre o pitoresco Lago do Oeste, em Hangzhou, cidade de origem da Geely.

A Geely está mirando, com seu sedã esportivo conceito, consumidores na faixa entre os 20 e tantos e os 30 e poucos anos de grandes cidades chinesas, embora a empresa também tenha planos de vender o modelo fora da China, disse Horbury. Ele entrou na Geely depois que Li comprou a Volvo Cars da Ford Motor Co. em 2010.

As vendas de SUVs de marcas chinesas mais do que dobraram no primeiro trimestre e superaram as das empresas estrangeiras do segmento neste ano, respondendo por 56 por cento de todas as entregas, segundo dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China.

Ao inundarem o mercado com modelos semelhantes a preços mais baixos, as fabricantes de automóveis chinesas responderam por oito dos 10 SUVs mais vendidos no primeiro trimestre, desbancando modelos como o RAV4, da Toyota Motor Corp., e o CR-V, da Honda Motor Co.

Não será fácil para as fabricantes chinesas se tornarem de alto padrão, disse Song Yang, analista da Barclays Plc.

“Se você quer comprar um sedã esportivo, por que compraria um Geely?”, disse Song, que mantém um rating equivalente a “manter” para as ações da Geely. “Isso na verdade poderia representar uma distração em relação aos modelos que atingem maiores volumes”.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaBMWCarrosEmpresasEmpresas alemãsEmpresas chinesasMercedes-BenzMontadorasVeículos

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'