A GE Healthcare comprou a Omnimed, fabricante de equipamentos que monitoram funções vitais de pacientes (Nelson Ching/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2013 às 09h43.
São Paulo - A GE Healthcare, divisão de saúde da multinacional GE, anuncia nesta terça-feira, 6, a aquisição da mineira Omnimed, fabricante de equipamentos que monitoram funções vitais de pacientes (como frequência cardíaca) durante cirurgias em hospitais ou Centros de Tratamento Intensivo (CTIs).
A compra, cujo valor não foi revelado, deve proporcionar um aumento de 50% no faturamento da empresa.
A operação da GE Healthcare no Brasil teve início em 2010, com a instalação de uma fábrica em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Hoje, a unidade é a terceira mais importante em faturamento para a companhia, atrás de China e Estados Unidos.
Os números locais não são revelados, mas a receita global dá uma dimensão da importância do País - em 2012, a empresa faturou US$ 18 bilhões, e a expectativa para 2013 é de alta de 8%. A Healthcare responde por cerca de 12% dos ganhos mundiais da GE, que atua também em energia, transporte e iluminação.
A Omnimed, sediada em Belo Horizonte, é a segunda aquisição da divisão de saúde da GE no Brasil. Há um ano, a empresa comprou a também mineira XPro, fabricante de máquinas de raios X usadas nos segmentos de cardiologia, neurologia e radiologia intervencionista.
A compra de empresas locais faz parte do plano de expansão da GE no mercado brasileiro de equipamentos médicos, liderado pela Philips. As aquisições dão a companhia um ativo valioso: a noção das demandas de hospitais e clínicas no Brasil.
Uma delas, segundo Joe Shrawder, presidente da GE Healthcare para a América Latina, é um monitor que exiba informações mais completas sobre o estado do paciente em tratamento (algo permitido pelos equipamentos da Omnimed).
O executivo conta que a empresa já até tinha um dispositivo sofisticado que atendia a essas condições. "Mas os médicos aqui querem isso numa máquina mais simples, e nós levaríamos anos para construir isso sozinhos."
Shrawder diz que existe também o objetivo de exportar os aparelhos para outros países.