GE: ideia de férias ilimitadas foi promovida por várias empresas emergentes para atrair empregados jovens e criativos (Sebastien Bozon/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2015 às 19h44.
Washington - O grupo industrial americano General Electric começou a oferecer este ano aos seus empregados tempo ilimitado de férias, como já fazem outras grandes empresas de todo o mundo, como o Netflix e a multinacional britânica Virgin.
Segundo uma informação da "CNN" Money que repercutiu nesta terça-feira em toda a imprensa americana, a General Electric decidiu iniciar um "enfoque mais permissivo" sobre as férias de 30 mil de seus funcionários, 43% do elenco da companhia.
A ideia de férias ilimitadas foi promovida por várias empresas emergentes para atrair empregados jovens e criativos, mas já há algum tempo grandes companhias decidiram também permitir que seus funcionários tirem seus dias de férias, licença médica ou para assuntos pessoais que desejem sem precisar da autorização prévia de seus chefes.
A medida faz parte de uma mudança mais ampla na cultura de trabalho da General Electric. A direção acredita que a empresa pode alcançar melhores resultados se confiar mais em seus funcionários e se capacitá-los adequadamente, disse Cara Hume, líder de recursos humanos na seção de Energia e Água da companhia à "CNN".
Com esta mudança, os trabalhadores não terão que avisar a direção quais dias terão livres, embora alguns deles devam notificar quando vão faltar para que o resto da equipe possa se organizar.
Outras empresas com um número menor de funcionários, como o Netflix e a Virgin já tinham adotado esta política de férias ilimitadas.
"É um sistema pelo qual você pode tirar férias quando quiser, tantas quanto quiser e não vamos levar em conta. Se quiserem faltar por um aniversário, um casamento ou uma razão especial é só fazê-lo. Consiste em tratar as pessoas como pessoas, dar flexibilidade a elas", explicou o dono da Virgin, Richard Branson, à "CNN".
"Se trabalhar oito ou nove horas já não é um horário que se aplique, então por que manter políticas rígidas (de férias) anuais?", acrescentou.
Alinhada com esta mudança de cultura empresarial, o grupo midiático Tribune Publishing, proprietário do "Chicago Tribune" e "Los Angeles Times", adotou um enfoque semelhante para seus trabalhadores, mas teve que reverter sua decisão uma semana e um dia após anunciá-la.
Segundo uma nota divulgada então, o grupo midiático decidiu voltar atrás após receber "a valiosa contribuição dos empregados sobre a decisão de permitir férias ilimitadas, que havia criado confusão e preocupação dentro da empresa".