Nos últimos três anos, a Petrobras já descobriu 2,2 bilhões de barris de óleo recuperável com essa operação nas áreas de pós-sal e pré-sal (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2011 às 13h17.
São Paulo - A ampliação do Projeto Varredura voltou a ser defendida hoje pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. De acordo com o executivo, o custo de exploração em locais onde a companhia já possui sistemas seria de US$ 10 o barril, ante US$ 45 o barril em novas explorações.
O Projeto Varredura consiste no mapeamento de oportunidades exploratórias próximas à infraestrutura existente ou passível de remanejamento. "São atividades exploratórias dentro de áreas sob concessão da Petrobras, nas quais basta ter capacidade de liberar espaço para processamento de líquido na superfície, conectar o novo poço e aumentar a produção imediatamente", explicou Gabrielli, que participou hoje do seminário Pré-sal: Uma transformação na cadeia produtiva de petróleo e gás.
Nos últimos três anos, a Petrobras já descobriu 2,2 bilhões de barris de óleo recuperável com essa operação nas áreas de pós-sal e pré-sal.
Inhaúma
O presidente da Petrobras afirmou que as "difíceis negociações" acerca do estaleiro Inhaúma estão próximas de uma conclusão, o que permitirá uma mudança do perfil das operações no local. O estaleiro arrendado pela Petrobras e localizado no Rio de Janeiro passará a ser também uma fábrica de remodelação de navios-plataforma de tipo FPSOs, segundo Gabrielli, o que permitirá o aumento da produção local de navios-plataforma.
Da mesma forma, as operações de um estaleiro no Rio Grande do Sul, responsável pela entrega de oito embarcações para a estatal, é apontada como fundamental para garantir o plano de explorações da companhia, que prevê a necessidade de 94 sistemas de produção até 2020. "Vamos ter uma capacidade de processar e produzir em série cascos para FPSO", destacou Gabrielli.
Geopolítica
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, acredita que a função geopolítica brasileira passará por mudanças nos próximos anos, em decorrência da maior participação da empresa entre os fornecedores globais de petróleo. Segundo o executivo, a exportação bruta da estatal saltará para mais de 3 milhões de barris diários em 2020, sendo aproximadamente 2,3 milhões de barris diários a partir do Brasil e 900 mil barris em operações no exterior.
"Vamos mudar qualitativamente as relações da Petrobras com o mundo e consequentemente as relações entre a economia brasileira e a economia internacional. É uma atitude que muda completamente a função geopolítica do País", disse.