EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 12h05.
São Pau8lo - Os processos de fusão andam mais devagar quando o assunto é mídia. Um dos motivos, de acordo com o boletim, da consultoria americana McKinsey, é o setor de mídia ser muito mais pulverizado que outros como o farmacêutico ou aeroespacial.
Mas uma decisão da Justiça americana tomada no mês passado pode causar uma verdadeira explosão no processo de fusão entre as empresas de mídia nos Estados Unidos. Pela decisão da corte americana, do último dia 19 de fevereiro, as operadoras de TV a cabo e os canais de televisão poderão atuar em ambos mercados.
Mesmo assim, afirma a McKinsey, ainda há um longo caminho a percorrer antes que todas as empresas de TV, rádio e Internet do país estejam nas mãos de dois ou três grupos. Há mais de 100 grupos de mídia com receitas de 1 bilhão de dólares, o que atesta a fragmentação da área no país.
O processo de fusão dentro do setor começou a se acelerar há cerca de 12 anos e foi marcado por grandes fusões como a da AOL com a Time Warner ou as compras da rede ABC pela Dysney, da CBS pela Viacom e da Universal pela Vivendi.
O que a maioria das companhias do setor espera é uma explosão de receita com o advento de novos serviços digitais. Mas apenas ter a tecnologia não basta para alcançar o sucesso.
Um dos itens básicos é ter uma estrutura eficiente para a distribuição dos novos serviços. Outros dizem respeito à venda e à cobrança. Além disso, é preciso encontrar o público comprador. Grupos europeus como Berstelsman e Pearson têm buscado nos EUA a expansão de seu público. Há, enfim, outro fator a levar em conta: o modelo e limites de liberação das fusões pela própria justiça.