Telecom Italia: companhia precisa ter uma estratégia de negócios que seja independente de seus acionistas (Marc Hill/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 12h31.
Brasília - A ideia de fusão entre a GVT, operadora de telecomunicações controlada pela francesa Vivendi, e a TIM Participações não está na agenda no momento, embora não possa ser descartada, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo da Telecom Italia, que é dona da TIM, Marco Patuano.
Segundo ele, é impossível evitar especulações a respeito de uma união entre GVT e TIM no Brasil, negócio que teria sinergias "óbvias". Mas agora a TIM está concentrada em executar seu plano em telefonia móvel, enfatizou o executivo, que se reuniu nesta manhã com a presidente Dilma Rousseff para reforçar o compromisso do grupo italiano com o mercado brasileiro.
Sócia espanhola
Segundo Patuano, a Telecom Italia precisa ter uma estratégia de negócios que seja independente de seus acionistas, e esse é o caso envolvendo a sócia espanhola Telefónica.
A Telefónica se movimentou na semana passada para reduzir sua fatia na Telecom Italia, no que tende a aplacar reguladores sobre preocupações antitruste no Brasil e possivelmente acelerar a consolidação no mercado brasileiro.
A espanhola anunciou a venda de 750 milhões de euros em bônus conversíveis em ações da Telecom Italia, reduzindo sua fatia na companhia. A empresa também tentou apaziguar reguladores brasileiros ao retirar seus dois representantes no Conselho da Telecom Italia em dezembro, para evitar conflitos de interesse.
O ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo, disse que "com certeza" a Telefónica está se esforçando para reduzir preocupações antitruste no país.
No Brasil, a Telefónica é controladora da Vivo, enquanto Telecom Italia é dona da TIM Participações, primeira e segunda maiores operadoras móveis no mercado, respectivamente.
O presidente-executivo da Telecom Italia disse que temas envolvendo a acionista espanhola da Telecom Italia não foram tratados no encontro com Dilma.