E-jets, da Embraer: a versão nacional usada pela Azul e Trip (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2012 às 23h10.
São Paulo - A fusão das companhias aéreas Trip e Azul agradou os analistas ouvidos pelo site de VEJA. A união das empresas, anunciada nesta segunda-feira, ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Para o economista e professor da Universidade de Calgary (Canadá) Alexandre de Barros, a união é um grande passo para a consolidação da Azul no mercado nacional. Ele afirma que as duas companhias começaram com propostas diferentes – a Trip servindo pequenas cidades usando aeronaves turbo-hélice e a Azul ligando cidades de porte médio aos grandes centros com jatos Embraer –, mas que, nos últimos dois anos, uma começou a entrar no mercado da outra.
“Esse mercado é composto de rotas com pequena demanda, o que dificulta muito a presença de mais de um provedor. Além disso, as malhas das duas empresas ainda são altamente complementares”, disse Barros. Ele afirma, porém, que, com a fusão, deve haver alguma redução de serviço.
Guilherme Abdalla, advogado especializado no setor aéreo, concorda com o economista e diz que a operação faz sentido em diversos aspectos, sobretudo porque maximiza a capacidade operacional torna possível o enxugamento da estrutura administrativa.
“A grande pergunta que fica no ar é: a quem elas destinarão seus passageiros regionais, que pretendam voar nacional ou internacionalmente?”, questiona o advogado. Para ele, a eventual concentração desses passageiros numa única escolhida (TAM, Gol, Avianca ou estrangeiras) poderá resultar num substancial aumento de ocupação de voos também para estas companhias.