Loja do Ponto Frio: setor de eletro também é ofertado pelo Carrefour (Lia Lubambo)
Daniela Barbosa
Publicado em 28 de junho de 2011 às 17h29.
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São Paulo - A operação entre o Pão de Açúcar e o Carrefour pode atrasar os demais julgamentos que o grupo presidido por Abilio Diniz tem no Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade): o da compra do Ponto Frio pela Globex e a fusão com a Casas Bahia.
Segundo José Antônio Batista de Moura Ziebarth, advogado do Felsberg e Associados e ex-coordenador processual do Cade, as operação de certa forma estão interligadas e dependendo da análise do órgão antitruste é possível que os três casos sejam analisados juntos.
"Tudo vai depender de como a fusão vai ocorrer do tempo que as companhias demorarão para enviar os documentos para análise do Conselho. O segmento de eletrodoméstico, por exemplo, requer atenção especial, uma vez que o Carrefour atua também neste setor", disse Ziebarth.
Ainda de acordo com o especialista, há a possibilidade também do Cade colocar como restrição, para que a fusão seja aprovada, a venda de algumas lojas das duas redes a fim de evitar qualquer concentração de mercado. "A análise geográfica é um dos fatores mais importantes avaliados pelo órgão", disse.
Mas antes que o Cade dê qualquer palpite a respeito da operação desenhada pelo empresário Abilio Diniz, será necessário primeiro o aval do da rede francesa Casino, acionista do grupo Pão de Açúcar.
O grupo francês divulgou, nesta terça-feira (28/6), pedido para que Abilio Diniz convoque imediatamente uma reunião do Conselho de Administração da controladora Wilkes – empresa que controla o Pão de Açúcar, na qual o Casino também participa - para discutir a proposta de fusão com o Carrefour.
Hoje, depois de inúmeros rumores, O Carrefour anunciou que recebeu uma proposta de fusão de seus ativos no Brasil com a maior o Pão de Açúcar.