Funcionários da Petrobras na Bacia de Campos: o adiamento de leilões vem desapontando os investidores (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 18h18.
Rio de Janeiro - O conselho deliberativo da Federação Única dos Trabalhadores (FUP) se reúne amanhã para decidir sobre a greve dos petroleiros prevista para a próxima terça-feira. "Vamos analisar o resultado das assembleias. Todos estão rejeitando a contraproposta feita pela Petrobras. Isso é um sinal de que a greve deve acontecer", afirmou o coordenador geral da FUP, João Antônio de Moraes.
Os petroleiros alegam que a contraproposta apresentada pela estatal no início da semana não trouxe avanços, especialmente nos itens de segurança. "Eles avançaram nas questões financeiras, mas não nas reivindicações por mais segurança." Moraes conta ainda que a FUP pretende intensificar as paralisações-surpresa, que já vêm sendo feitas por petroleiros. Ele lembrou que hoje acontece uma na Bahia, onde foram paralisadas as operações na refinaria Landulpho Alves e uma unidade de fertilizantes.
A nova proposta da Petrobras prevê um reajuste de 10,71% nos salários, que equivale a um aumento real de 3,25%. A FUP exige um ganho real de 10%, além de mudanças na política de segurança do trabalho.
Além de apresentar uma contraproposta, a estatal vem lançando mão de outra estratégia para barrar a greve. Nos últimos dias, informativos mostrando os avanços da nova proposta da Petrobras têm sido entregues aos trabalhadores.
A própria FUP admite que a Petrobras tem sido mais atuante nessa negociação com os trabalhadores. "Esse é um jogo político. Ela (Petrobras) tem intensificado as ações este ano, está disputando os trabalhadores com a gente. Mas acho que estamos vencendo. As assembleias estão rejeitando a contraproposta", concluiu.