Plataforma da Petrobras: os petroleiros querem tratamento equivalente ao dado pela companhia aos seus acionistas, que foram contemplados com dividendos da ordem de 2% (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 17h25.
Rio de Janeiro - A Petrobras apresentou hoje (17) nova proposta para a quitação da Participação nos Lucros e Resultado (PLR) relativo a 2011. A proposta foi apresentada durante reunião entre dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da estatal.
Segundo a FUP, a nova proposta apresentada pela empresa aumenta em R$ 2.056,00 o piso a ser recebido por trabalhador. Sendo R$ 760,00 a mais na PLR e R$ 1.296,00 ou 12% de uma remuneração, o que for maior, a título de adiantamento de gratificação.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor-geral da FUP, João Antônio de Morais, disse que apesar de a federação considerar que a proposta representa “um avanço em relação à anterior, ainda não contempla as reivindicações dos petroleiros”, que querem tratamento equivalente ao dado pela companhia aos seus acionistas, que foram contemplados com dividendos da ordem de 2% em relação a 2010.
Morais disse, no entanto, que a FUP ainda não decidiu sobre a nova proposta, que será discutida amanhã (18), durante reunião do Conselho Deliberativo da entidade, que reúne representantes de todos os 13 sindicatos filiados à federação.
“Será o Conselho Deliberativo que decidirá qual o indicativo a ser levado às assembleias gerais que serão feitas em todo o país e que decidirão, ou não, pela suspensão da greve geral marcada para o próximo dia 20, Portanto, seria prematuro antecipar qualquer decisão neste momento”.
Na última quarta-feira (11) a FUP reuniu-se com a presidenta da Petrobras, Graça Foster e com o diretor corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra, quando foi cobrada uma solução para o impasse das negociações relativas à quitação da PLR 2011 e um “regramento” das PLRs futuras.
A greve prevista para o dia 20 próximo foi decidida durante a última reunião do Conselho Deliberativo da FUP, no dia 5 de julho, quando os sindicatos aprovaram o indicativo de greve por tempo indeterminado.