Sede do Banco Mundial: fundo do Brasil Plural é classificado pelo Banco Mundial como "inovador" e deve ter patrimônio de pelo menos R$ 100 milhões (Win McNamee/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 16h15.
Nova York - O Banco Mundial, por meio de seu braço financeiro, a International Finance Corporation (IFC), fará um aporte de até R$ 50 milhões em um novo fundo do Brasil Plural, banco e gestora criados por ex-sócios do BTG Pactual. A carteira é voltada para financiar empresas com problemas financeiros.
O fundo é classificado pelo Banco Mundial como "inovador" e deve ter patrimônio de pelo menos R$ 100 milhões.
Além do dinheiro da IFC, o Brasil Plural deve aportar outros R$ 50 milhões e a carteira pode contar com aportes adicionais de outros investidores, segundo um documento do Banco Mundial.
A liberação dos recursos da IFC é condicionada a um aporte do mesmo montante pelo grupo Brasil Plural.
O fundo tem como objetivo fornecer "financiamento especial", segundo o documento, a empresas com bons fundamentos, mas que estão em recuperação judicial ou prestes a entrar nela.
O interesse são empresas de médio porte, que atuam, por exemplo, como fornecedoras da cadeia de petróleo e gás, papel e celulose, agronegócios e têxtil. A carteira recebeu o nome de "Situações Especiais".
O grupo Brasil Plural tem um banco múltiplo, uma gestora de recursos e uma corretora. Fundado em 2009, tem escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York, com cerca de 300 funcionários.
Em março, o grupo recebeu autorização do Banco Central para comprar a corretora Geração Futuro.
O presidente do grupo é Rodolfo Riechert, responsável pelo banco de investimento do BTG entre 2006 a 2009. Um de seus diretores é Mário Mesquita, ex-diretor do Banco Central. A gestora do grupo tem aproximadamente R$ 14 bilhões sob gestão.