Negócios

Fundo da Gávea compra 5% da Odebrecht Óleo e Gás

Para o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, o setor de óleo e gás é imune nesse momento em que a "crise internacional bate à porta"

A entrada da Gávea dá uma maior flexibilidade financeira para a Odebrecht, que vislumbra uma perspectiva de grande expansão (Drawlio Joca)

A entrada da Gávea dá uma maior flexibilidade financeira para a Odebrecht, que vislumbra uma perspectiva de grande expansão (Drawlio Joca)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2011 às 14h20.

Rio de Janeiro - A Gávea Investimentos anunciou hoje seu maior investimento, com a compra de 5% do capital da Odebrecht Óleo e Gás (OOG). "Esse negócio segue a vocação da Gávea, que é prover capital para as empresas crescerem. Ser acionista minoritário de empresas de excelência em setores importantes", afirmou Armínio Fraga, sócio da Gávea.

Atualmente, a gestora de recursos administra US$ 7,5 bilhões, sendo que o fundo que investiu na empresa de prestação de serviços para o setor de óleo e gás já tem em carteira US$ 1,8 bilhões. A compra anunciada hoje é a segunda firmada entre a Gávea e a Odebrecht. A primeira foi no setor imobiliário, com a compra em 2010 de uma fatia de 14% da Odebrecht Realizações Imobiliárias.

Para o presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, o setor de óleo e gás é imune nesse momento em que a "crise internacional bate à porta." Segundo ele, a entrada da Gávea dá uma maior flexibilidade financeira para a companhia, que vislumbra uma perspectiva de grande expansão. Desde 2006, a Odebrecht Óleo e Gás já investiu US$ 2,5 bilhões e outros US$ 2,5 bilhões serão desembolsados até 2014.

A expectativa é que a OOG passe a faturar US$ 1 bilhão a partir do ano que vem e US$ 1,5?bilhão após 2014, quando as todas sondas de perfuração estiverem operando. Atualmente, o capital da OOG é formado pela Odebrecht, com 81%, a Temasek (fundo do governo de Cingapura), com 14%, e a Gávea com 5%.

Capital - Marcelo Odebrecht acredita que o caminho natural é a Odebrecht Óleo e Gás (OOG) abrir capital no futuro, mas deixou claro que essa operação não está no radar da companhia no curto e médio prazo. Segundo ele, essa é uma operação que precisa ter por trás um investimento que a justifique.

Atualmente, a OOG só atua no Brasil mas, segundo o presidente da empresa, Roberto Ramos, existem planos de expansão, principalmente para países onde o grupo já tem atuação. Ele citou como exemplo investimentos em Angola, Venezuela e Peru. "Temos três projetos de negócios que estão sendo avaliados e esperamos que em 2012 possam ser concretizados", revelou.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasGásGávea InvestimentosInvestimentos de empresasNovonor (ex-Odebrecht)

Mais de Negócios

Maternidade impulsiona empreendedorismo feminino, mas crédito continua desafio

Saiba como essa cabeleireira carioca criou o “Airbnb da beleza”

Eles saíram do zero para os R$ 300 milhões em apenas três anos

Conheça a startup que combina astrologia e IA em um app de namoro