Oi: Tanure propõe a destituição de membros do conselho ligados à Pharol e eleição dos indicados do próprio empresário (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2016 às 08h55.
Última atualização em 18 de março de 2019 às 13h38.
Rio de Janeiro - O fundo americano PointState Capital vai votar a favor das mudanças propostas por Nelson Tanure na Oi. Com isso, o empresário, por meio do fundo Société Mondiale, ganha força na disputa com a Pharol (antiga Portugal Telecom), maior acionista da tele.
Na pauta das assembleias de acionistas, marcadas para 8 de setembro, está a destituição de membros do conselho de administração ligados à Pharol e a eleição dos indicados de Tanure.
O posicionamento favorável às mudanças sugeridas pelo empresário foi feito em documento entregue à Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos EUA.
O Société Generale e o Point State têm fatias de 8,32% e 6,32% na tele, respectivamente, mas os porcentuais podem subir nos próximos dias, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Grupo Estado. A Pharol é dona de 22,24% do capital social da Oi.
Juntos, os fundos têm hoje quase o mesmo poder de decisão em assembleias que os portugueses, pois todos os acionistas estão limitados a um poder de voto de 15%.
O Broadcast apurou que Tanure já teria o apoio de ao menos outros oito fundos. Além disso, irá elevar a sua fatia na tele até a assembleia, caso ela ocorra.
O empresário convocou duas assembleias de acionistas para o dia 8, após o conselho de administração não ter feito o chamado a seu pedido por avaliar que o juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, deveria se posicionar sobre o tema - o que ainda não ocorreu.
No documento enviado à SEC, o PointState disse ter mandado carta ao agente fiduciário BNY Mellon, em 17 de agosto, pedindo que o seu voto em assembleia fosse computado a favor da proposta do Société Mondiale.
O fundo americano informou possuir, por meio de fundos afiliados, 8,65 milhões de American Depositary Shares (ADS), representando 43,25 milhões de ações ordinárias.
Procurada, a Oi informa que vem adotando a prática de estender o direito de voto aos titulares de ADS nas assembleias realizadas pela companhia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.