iFood: CEO da dona do aplicativo acumulará funções (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 22 de novembro de 2019 às 14h52.
Última atualização em 29 de novembro de 2019 às 11h52.
São Paulo — O iFood agora tem um novo CEO. Fabricio Bloisi, presidente da Movile, grupo que é dono do aplicativo de entregas, vai assumir também a presidência da foodetch.
Por seis meses, Bloisi e Carlos Moyses, presidente do iFood até então, dividiram o cargo. Com a mudança, Moyses passa a atuar como vice-presidente corporativo, com foco nas operações do aplicativo na América Latina.
Segundo comunicado enviado à imprensa, a alteração no controle do app "reflete apenas uma adaptação do organograma ao papel já desempenhado pelos executivos na organização".
"Com o alto crescimento e investimentos no iFood, começamos há alguns meses uma mudança nos papéis dentro da organização. Com isso, passamos a atuar de forma mais assertiva no Brasil, consolidando o nosso protagonismo, ao mesmo tempo que utilizaremos a experiência do Carlos para buscar a liderança em outros países onde já temos presença, como Colômbia e México", afirma Bloisi em nota enviada.
Moyses foi presidente por dois anos, quando substituiu Felipe Fioravante, co-fundador do iFood, em 2017.
A empresa também afirma que fechou setembro com o total de 21,5 milhões de pedidos.
Nos últimos meses, a companhia tenta se defender das críticas de que as empresas de delivery pagam mal e não dão boas condições de trabalho a seus entregadores.
O iFood vai passar a oferecer seguro contra acidentes, desconto em plano de saúde e em seguro de motocicletas e cursos de capacitação aos profissionais parceiros. Também anunciou uma parceria com o Sesi-SP para treinamentos, com dicas de finanças pessoais, segurança e cuidados com equipamentos.
A EXAME, o diretor financeiro (CFO) do iFood, Diego Barreto, afirmou que o programa de benefícios surge em uma indústria que é ainda recente. Os 83.500 entregadores diretamente vinculados ao iFood respondem por mais de 20% das 21,5 milhões de entregas mensais, que são complementadas com os entregadores dos próprios restaurantes.
Sob nova direção, o iFood deverá seguir mostrando que, mais do que entregar alimentos, consegue ser um negócio sustentável também para seus parceiros.