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Funcionários do McDonald's já estão começando a sumir

Rede de fast food aumentou a aposta em unidades de autoatendimento. A cada quadrimestre, McDonald's planeja incluir 1.000 lojas no formato

Funcionários do McDonald’s: 3 mil restaurantes estadunidenses do McDonald’s já estão com a tecnologia (Germano Lüders/Exame)

Funcionários do McDonald’s: 3 mil restaurantes estadunidenses do McDonald’s já estão com a tecnologia (Germano Lüders/Exame)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 9 de junho de 2018 às 12h02.

Última atualização em 9 de junho de 2018 às 12h04.

São Paulo - O mundo em que os robôs acabarão com empregos operacionais está cada vez mais próximo. Se antes a ameaça estava apenas nas indústrias e seus maquinários, agora até os atendentes do McDonald's correm o risco de desaparecer.

A rede de fast food está apostando, ao menos internacionalmente, em um formato de atendimento que dispensa a necessidade de funcionários e faz os próprios consumidores se atenderem, seja por meio de painéis ou por seus próprios smartphones.

O objetivo, segundo a própria rede, é "construir um McDonald's melhor". Primeiro, é uma forma de modernizar o negócio e adaptá-lo aos novos hábitos dos comedores de sanduíches e batatinhas - o que melhora os resultados da rede. "Descobrimos que, quando as pessoas ponderam mais tempo, selecionam mais itens", contou o CEO Steve Easterbrook ao veículo americano CNBC. "Há uma leve alta do nosso tíquete médio". Além de, claro, poupar custos trabalhistas.

O McDonald's planeja mudar 1.000 lojas para receber a tecnologia a cada quadrimestre pelos próximos dois anos. Regiões como Austrália, Canadá e Reino Unido já estão completamente integradas com o autoatendimento em painéis e pedidos feitos no smartphone. Alemanha e França estão perto de entrar para esse time.

Segundo o veículo The Street, 3 mil restaurantes estadunidenses do McDonald's já estão com a tecnologia. Metade das lojas terão o autoatendimento até o fim deste ano. O McDonald's possui 20 milhões de usuários cadastrados em seu aplicativo de pedidos e 20 mil restaurantes apresentam a opção de pagamento pelos smartphones. Ao todo, será um investimento de 2,4 bilhões de dólares (cerca de 9 bilhões de reais, na cotação atual) nessa modernização e na abertura de mais 1.000 restaurantes.

Easterbrook reitera, porém, que outras formas de fazer o pedido não deixarão de existir, como o velho atendimento presencial e a passagem pelo drive-thru. Nos Estados Unidos, a rede também aposta na entrega por delivery. "Você pode pagar e customizar seu pedido de diferentes maneiras. Acho que estamos adicionando mais escolhas e variedades". Muitos funcionários nos balcões do McDonald's não vão esperar para ver.

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