GM em São José dos Campos: trabalhadores aprovaram na assembleia desta quarta participação no Dia Nacional de Paralisação, marcado por centrais sindicais para 30 de agosto (Roosevelt Cassio/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2013 às 15h37.
São Paulo - Funcionários da General Motors (GM) ocuparam o saguão da Prefeitura de São José dos Campos (SP), na manhã desta quarta-feira, 21, para cobrar do prefeito Carlinhos Almeida (PT) um pronunciamento contra os planos da montadora em encerrar a produção do Classic na cidade e demitir 850 funcionários.
Segundo a assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a ocupação durou 45 minutos e só foi encerrada após o prefeito assumir o compromisso de receber uma comissão de trabalhadores ainda nesta quarta-feira, às 18h, no Paço Municipal.
"O protesto foi decidido na assembleia dos trabalhadores da GM, realizada hoje na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, dando início à série de mobilizações em defesa do emprego", diz a entidade em nota.
Na última sexta-feira, 16, a GM anunciou o encerramento da produção do modelo Classic em São José dos Campos. A negociação e assinatura do acordo entre GM e Sindicato foram testemunhadas pelo prefeito e por representantes dos governos estadual e federal.
"A partir de hoje, vamos iniciar as mobilizações e exigir o cumprimento do acordo. Não aceitaremos o fim da produção do Classic e muito menos as demissões", disse o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
Os trabalhadores também aprovaram na assembleia desta quarta a participação no Dia Nacional de Paralisação, marcado pelas centrais sindicais para 30 de agosto.
Audiência pública
De acordo com o sindicato, durante a ocupação da Prefeitura, representantes da entidade pediram que a presidente da Câmara Municipal, vereadora Amélia Naomi, convocasse uma audiência pública, que foi marcada para o dia 28, próxima quarta-feira. "Será colocado em debate o fim da produção do Classic em São José dos Campos e as consequentes demissões", afirmou o sindicato, em nota.