Câmeras e acessórios, da Fujifilm: a companhia prosseguirá com a venda de filmes específicos para arquivos que requeiram ser conservados durante um longo período (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 10h51.
Tóquio - A empresa japonesa Fujifilm deixará de produzir os tradicionais rolos para filme de cinema a partir de março, após quase oito décadas, para se concentrar na era digital, informou nesta quinta-feira um porta-voz da empresa à Agência Efe.
A companhia, que começou a fabricar filmes para câmeras e projetores de cinema desde que foi criada, em 1934, deixa o mundo do cinema analógico por causa "da drástica diminuição da demanda nos últimos anos", detalhou a empresa em comunicado.
De agora em adiante, a Fujifilm buscará "adaptar-se à rápida transição para digitalização nos processos de gravação, produção, projeção e arquivo de filmes", afirmou.
As gravações digitais e as salas adaptadas aos novos formatos cinematográficos, como o 3D, transformaram-se em algo "comum" na indústria do cinema, o que contribuiu para a decisão da empresa.
Apesar da nova tendência, a Fujifilm destacou que nestes anos tem se "esforçado para reduzir custos" e poder seguir fornecendo o material cinematográfico analógico, algo que deixará de fazer a partir do próximo ano.
A companhia, com sede em Tóquio, prosseguirá com a venda de filmes específicos para arquivos que requeiram ser conservados durante um longo período de tempo, assim como de outros produtos e serviços para trabalhos digitais, mantendo sua "contínua contribuição à indústria do cinema".
A Fujifilm, que era a última empresa japonesa a manter a produção dos rolos cinematográficos para cinema, registrou no primeiro trimestre do ano fiscal de 2012, de abril a junho, um lucro líquido de 2,5 bilhões de ienes, cerca de US$ 30 milhões, 87,5% a menos que no mesmo período do ano de 2011.
No entanto, a fabricante japonesa espera que seu lucro líquido no atual ano fiscal, que será concluído em 31 de março de 2013, alcance os 65 bilhões de ienes (US$ 835 milhões), 48,5% mais que em 2011.