Grandes empresas voltam a investir em telecomunicações, segundo a France Telecom (Kaihsu Tai/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 09h48.
Paris - As grandes multinacionais estão retomando gastos com serviços de telecomunicações, em meio ao fortalecimento da recuperação macroeconômica, e muitas estão tentando se expandir nos mercados emergentes, afirmou o presidente da divisão empresarial da France Telecom.
Vivek Badrinath, presidente-executivo da Orange Business Services, disse estar começando a ver tendências positivas na demanda, depois de dois anos em que as empresas realizaram cortes em seus gastos com tecnologia da informação e nos custos de comunicação.
"O comércio mundial está ganhando força, e as empresas estão em busca de crescimento nos mercados emergentes," disse ele em entrevista. "Há mais celulares inteligentes em uso, mais ferramentas novas, mais necessidade de centrais de dados... Tudo isso gera atividade para nós, e é por isso que estamos vendo ligeira melhora nas tendências."
Por exemplo, se uma cadeia europeia de varejo estiver abrindo uma rede de lojas nos mercados emergentes asiáticos, a France Telecom fornecerá as comunicações necessárias para que a nova subsidiária se conecte à rede e aos sistemas de software da matriz.
Os principais concorrentes da companhia são Verizon, BT Group e AT&T, que também têm alcance global e disputam os contratos das multinacionais.
Badrinath afirmou que o ritmo de queda na receita havia desacelerado nos três últimos trimestres, com 3,7 por cento no terceiro trimestre, 4,9 por cento no segundo e 7 por cento no primeiro.
Perguntado sobre quando a receita se estabilizaria, ele se recusou a comentar, mas disse que o objetivo era promover o crescimento do negócio.
"Nossa ambição, em longo prazo, é a de retomar o crescimento," disse ele. "O que me torna confiante é que o negócio de comunicações empresariais não é uma atividade estacionária. Percebemos potencial de crescimento".
A divisão empresarial da France Telecom, que faturou 7,6 bilhões de euros (10,1 bilhões de dólares) no ano passado, atende grandes multinacionais na França e em 160 outros países.