Linha de montagem da Renault (RENAULT/DIVULGAÇÃO)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2011 às 16h19.
Paris - O vice-diretor da montadora Renault, Patrick Pélata, afirmou neste sábado que a empresa francesa foi "vítima de uma rede organizada internacional", mas negou que a companhia tenha perdido segredos tecnológicos no caso de espionagem industrial que veio à tona esta semana.
"Chegamos à conclusão de estamos diante de um sistema organizado de recolhimento de informações econômicas, tecnológicas e estratégicas a favor de interesses estrangeiros", declarou Pélata, em entrevista ao jornal Le Figaro.
"Isso é um trabalho de profissionais. A Renault foi vítima de uma rede organizada internacional", acrescentou, sem mencionar a China, considerada suspeita pela polícia, segundo a imprensa francesa.
"Fizemos um balanço com nossa equipe técnica (...). As coisas estão claras: nenhum tesouro tecnológico ou estratégico, no que diz respeito a inovações, vazou para fora da empresa, incluindo as 200 patentes inscritas ou em processo de inscrição", explicou.
"No entanto, acreditamos que informações sobre a arquitetura de nossos veículos, sobre o custo e o modelo econômico do programa (de carros elétricos) podem ter vazado", acrescentou Pélata.
"É grave, mas não tanto quanto se os danos tivessem alcançado o setor tecnológico", concluiu, destacando que o caso "não muda em nada o programa de desenvolvimento do veículo elétrico", prioridade da Renault.