Mark Zuckerberg: a receita do Facebook cresceu 53 por cento no último trimestre, totalizando US$ 1,81 bilhão (David Paul Morris/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2013 às 14h28.
Nova York – A fortuna de Mark Zuckerberg aumentou US$ 3,8 bilhões ontem, quando as ações da Facebook Inc. – a maior rede social do mundo – valorizaram 30 por cento, chegando ao maior nível desde maio de 2012.
O crescimento da demanda por publicidade em dispositivos móveis fez com que a receita e os lucros do segundo trimestre superassem as expectativas dos analistas e acalmassem os investidores.
Desde a abertura de capital da Facebook, analistas e investidores estiveram preocupados de que a crescente popularidade de smartphones e tablets superasse a capacidade da companhia de ganhar dinheiro com elas.
“Poucos viram o ritmo em que a atividade mundial na internet passava para os dispositivos móveis”, disse David Kirkpatrick, autor de “The Facebook Effect”, livro sobre a história da companhia, em entrevista por telefone. “Agora ficou claro”.
Com o ganho, Zuckerberg, cofundador e presidente da Facebook, superou o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, e Michael Dell, presidente do conselho da Dell Inc., no Índice de Bilionários da Bloomberg. Zuckerberg ficou no 42º lugar, com uma fortuna líquida de US$ 16,8 bilhões – um aumento de 37 por cento neste ano.
Segundo um comunicado da companhia, a receita cresceu 53 por cento no último trimestre, totalizando US$ 1,81 bilhão; excluindo certos itens, os lucros foram de US$ 0,19 por ação, ultrapassando as projeções dos analistas, que prognosticaram US$ 0,14 e vendas totais por US$ 1,62 bilhão, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Projeções melhoradas
Os analistas do Goldman Sachs Group Inc. aumentaram suas projeções do valor das ações de US$ 40 para US$ 46, junto com pelo menos outras dez companhias, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Em dezembro, Zuckerberg doou quase US$ 500 milhões em ações da Facebook Inc. à Fundação da Comunidade de Silicon Valley, uma organização sem fins de lucro que visa “estabelecer a base para novos projetos”, segundo ele publicou na sua página do Facebook. A Fundação já tinha US$ 2 bilhões em ativos em 2011.
O bilionário e sua esposa Priscilla doaram a maior parte da sua fortuna à caridade.
Gates, Slim
A pessoa mais rica do mundo continua sendo o cofundador da Microsoft Corp. Bill Gates, 57, com uma fortuna líquida de US$ 72,2 bilhões.
O magnata mexicano das telecomunicações Carlos Slim, 73, tem US$ 5,5 bilhões a menos do que Gates; sua fortuna caiu US$ 8,5 bilhões neste ano porque seu principal holding, uma participação de 44 por cento na América Móvil SAB, a maior operadora de telefonia celular da América, teve uma desvalorização de 11 por cento.
Em terceiro lugar ficou o presidente do conselho da Berkshire Hathaway Inc., Warren Buffett, 82. As ações da companhia valorizaram 31 por cento neste ano, aumentando a fortuna do empresário para US$ 59,8 bilhões.