Elon Musk, com 105 bilhões de dólares, é a quarta pessoa no mundo a entrar no mais seleto clube de ricaços: aqueles com fortuna superior a 100 bilhões de dólares (Eduardo Munoz/Reuters)
Karin Salomão
Publicado em 28 de agosto de 2020 às 13h00.
Última atualização em 28 de agosto de 2020 às 14h39.
Os maiores bilionários do mundo atingiram novos recordes. Na mesma semana em que Jeff Bezos, pessoa mais rica do planeta, atingiu uma fortuna de 200 bilhões de dólares, o excêntrico Elon Musk, fundador da Tesla e SpaceX, ultrapassou a marca dos 100 bilhões de dólares. Os dois ganham com a valorização das ações de empresas de tecnologia — Bezos é fundador e presidente da Amazon, empresa que vale 1,7 trilhão de dólares.
A Tesla atingiu, em janeiro deste ano, um valor de mercado de 100 bilhões de dólares. Desde então, cresceu mais de quatro vezes e chegou a 421 bilhões de dólares de valor de mercado. A fabricante de carros elétricos é a mais valiosa montadora do mundo e vale mais que Volkswagen, Toyota, GM, Ford e grupo FCA somados — juntas, essas montadoras têm valor de 351,7 bilhões de dólares.
Elon Musk, com 105 bilhões de dólares, é a quarta pessoa no mundo a entrar no mais seleto clube de ricaços: aqueles com fortuna superior a 100 bilhões de dólares. Fazem parte desse grupo Bezos, Bill Gates e Mark Zuckerberg, que ultrapassou a marca no início deste mês e hoje tem 111 bilhões de dólares. Musk ganhou 77,2 bilhões de dólares desde o início do ano — só não enriqueceu mais que Bezos, que somou 84,8 bilhões de dólares à sua fortuna.
O empresário vive uma onda positiva em 2020. Seu principal negócio, a fabricante de carros elétricos Tesla, parece ter entrado nos eixos após anos de problemas. Nesta semana, a empresa divulgou ter quatro trimestres seguidos de lucro pela primeira vez na história. Apesar de ter fábricas temporariamente fechadas pela quarentena, a montadora segue firme para entregar 500.000 veículos em 2020, mostrando que a eletricidade pode, em breve, substituir os combustíveis fósseis.
Já a firma aeroespacial SpaceX se tornou a primeira empresa privada a enviar astronautas para a órbita terrestre em maio, numa parceria com a Nasa. Com o reaproveitamento de foguetes como estratégia, a companhia pareceu durante muito tempo um negócio de risco. Agora, atrai investidores, podendo ser avaliada em 44 bilhões de dólares após uma nova rodada de aportes.