São Paulo - O Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com as confecções Kabriolli Indústria e Comércio de Roupas e a Indústria Têxtil Betilha, empresas da linha de produção das Lojas Renner, flagradas com 37 trabalhadores em situação análoga a de escravos na semana passada.
De acordo com o TAC, divulgado hoje (2), a Kabriolli e a Betilha terão de desembolsar R$ 1 milhão juntas para o pagamento de verbas rescisórias, salariais e de danos morais individuais aos trabalhadores.
Na semana passada, a Renner recebeu 30 autuações no valor aproximado de R$ 2 milhões.
As empresas também terão de readmitir os trabalhadores a partir de fevereiro de 2015, quando termina o pagamento do seguro-desemprego, e prover estabilidade no emprego pelo prazo mínimo de seis meses a todos os 37 bolivianos resgatados.
“Embora o TAC tenha sido firmado com as confecções Betilha e Kabriolli, os procuradores ressaltaram que isso não isenta a responsabilidade das Lojas Renner e nem reconhece a licitude da cadeia produtiva. Para o MPT, o TAC foi firmado apenas para a imediata proteção dos trabalhadores resgatados e desamparados”, diz nota do MPT à imprensa.
Nas duas oficinas da cadeia de produção da Renner, a fiscalização do Ministério do Trabalho constatou condições degradantes de alojamento, jornada de trabalho exaustiva de 16 horas, retenção e descontos indevidos de salários, servidão por dívida, uso de violência psicológica, verbal e física e manipulação de documentos contábeis trabalhistas sob fraude.
“A empresa Lojas Renner, responsável por toda a cadeia produtiva, a qual controla e mantém economicamente, pratica dumping social, quando uma empresa obtém vantagem financeira por meio da desvalorização da mão de obra para obtenção de lucro, ao se beneficiar de trabalhadores em condições análogas às de escravo, da sonegação dos seus direitos e da exploração da sua mão de obra, além de perpetrar prática discriminatória em face da coletividade boliviana”, destaca o comunicado do MPT.
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1. Escravidão
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1/21 (Janduari Simões)
São Paulo - Estima-se que existam, hoje, 29,8 milhões de pessoas que vivem em regime de escravidão. A
África é o continente que tem a maior concentração de escravos no mundo. A região do
Paquistão e
Índia também não ficamuito atrás (a Índia, inclusive, é o país que mais tem escravos em números brutos: quase 14 milhões de pessoas). Os dados são do
Global Slavery Index, que estima o número de escravos nas nações. O ranking foi feito respeitando a proporção sobre a população geral dos países. Se apenas o número absoluto de escravos fosse considerado, ele ficaria bastante diferente, com países mais populosos do mundo tomando a liderança, mas ainda forte presença de nações africanas: Índia, China, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Rússia, Tailândia, Congo, Mianmar e Bangladesh. Na lista de 162 países, o Brasil aparece em 94º lugar, com um número estimado de 209.622 escravos. Confira os países que têm o maior número de escravos (em relação a sua população total).
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2. 2. Haiti
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2/21 (AFP)
Número estimado de escravos: 209.165
Número mínimo e máximo de escravos: 200.000-220.000
População do país: 10.173.775
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3. 3. Paquistão
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3/21 (Sallah Jan/AFP)
Número estimado de escravos: 2.127132
Número mínimo e máximo de escravos: 2.000.000-2.200.000
População do país: 179.160.111
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4. 4. Índia
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4/21 (Dibyangshu Sarkar/AFP)
Número estimado de escravos: 13.956.010
Número mínimo e máximo de escravos: 13.300.000-14.700.000
População do país: 1.236.686.732
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5. 5. Nepal
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5/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 258.806
Número mínimo e máximo de escravos: 250.000-270.000
População do país: 27.474.377
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6. 6. Moldávia
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6/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 33.325
Número mínimo e máximo de escravos: 32.000-35.000
População do país: 3.559.541
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7. 7. Benim
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7/21 (Dan Kitwood/Getty Images)
Número estimado de escravos: 80.371
Número mínimo e máximo de escravos: 76.000-84.000
População do país: 10.050.702
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8. 9. Gâmbia
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8/21 (wikimedia commons)
Número estimado de escravos: 14.046
Número mínimo e máximo de escravos: 13.000-15.000
População do país: 1.791.225
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9. 10. Gabão
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9/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 13.707
Número mínimo e máximo de escravos: 13.000-14.000
População do país: 1.632.572
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10. 11. Senegal
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10/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 102.481
Número mínimo e máximo de escravos: 98.000-110.000
População do país: 13.726.021
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11. 12. Etiópia
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11/21 (John Lavall/Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 651.110
Número mínimo e máximo de escravos: 620.000-680.000
População do país: 91.728.849
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12. 13. Serra Leoa
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12/21 (Chris Hondros / Getty Images)
Número estimado de escravos: 44.644
Número mínimo e máximo de escravos: 42.000-47.000
População do país: 5.978.727
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13. 14. Togo
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13/21 (Getty Images)
Número estimado de escravos: 48.794
Número mínimo e máximo de escravos: 46.000-51.000
População do país: 6.642.928
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14. 15. Cabo Verde
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14/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 3.688
Número mínimo e máximo de escravos: 3.500-3.900
População do país: 494.401
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15. 16. Eritreia
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15/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 44.452
Número mínimo e máximo de escravos: 42.000-47.000
População do país: 6.130.922
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16. 17. Guiné
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16/21 (AFP)
Número estimado de escravos: 82.198
Número mínimo e máximo de escravos: 78.000-86.000
População do país: 11.451.273
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17. 18. Gana
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17/21 (Adadevoh David/AFP)
Número estimado de escravos: 181,038
Número mínimo e máximo de escravos: 170,000-190,000
População do país: 25,366,462
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18. 19. Congo
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18/21 (Wikimedia Commons / Jomako)
Número estimado de escravos: 30.889
Número mínimo e máximo de escravos: 29.000-32.000
População do país: 4.337.051
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19. 20. Guine-Bissau
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19/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 12.186
Número mínimo e máximo de escravos: 12.000-13.000
População do país: 1.663.558
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20. 20. Camarões
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20/21 (Wikimedia Commons)
Número estimado de escravos: 153.258
Número mínimo e máximo de escravos: 150.000-160.000
População do país: 21.699.631
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21. Agora, veja os países que mais investem no combate à pobreza
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21/21 (Wikimedia Commons)