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Fórmula secreta? Como a Disney reinventou sua gestão financeira para continuar no topo

Apostar na diversificação de receitas e priorizar investimentos que trazem retorno foi a estratégia que permitiu à Disney recuperar sua posição de liderança no mercado de entretenimento

Valor de mercado da Disney saltou de US$ 2 bilhões para US$ 22 bilhões com apenas uma nova estratégia financeira. (Joe Raedle/Getty Images)

Valor de mercado da Disney saltou de US$ 2 bilhões para US$ 22 bilhões com apenas uma nova estratégia financeira. (Joe Raedle/Getty Images)

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

Content Writer

Publicado em 14 de junho de 2024 às 11h58.

De clientes a funcionários, há um consenso: Disney é sinônimo de inovação e encantamento. No entanto, por trás de toda a magia dos parques de diversão e da emoção dos filmes, existe uma estratégia financeira meticulosamente planejada. É ela que sustenta o sucesso quase ininterrupto de uma das mais valiosas empresas do planeta, cujo faturamento supera os US$ 65 bilhões.

Mas nem sempre foi assim. No início dos anos 80, a situação da Disney não era das melhores. A empresa apostou todas as fichas nos parques de diversão e deixou o departamento de animação desamparado. Para ter ideia, em 1983, cerca de 80% do faturamento da companhia vinha dos complexos temáticos, conforme revela uma reportagem produzida pela Superinteressante.

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A Disney não levou em consideração uma máxima essencial para as finanças e depositou todos os seus ovos em uma mesma cesta. Essa falta de equilíbrio entre as fontes de receita conduziu a empresa a um período sombrio. Além dos problemas financeiros, as animações produzidas não eram bem recebidas pela crítica e o desempenho nas bilheterias ficava abaixo do esperado.

Para enfrentar a crise, foi preciso uma decisão estratégica. Além de demitir o antigo CEO, a Disney adotou uma nova abordagem financeira, que foi capaz de retomar para a empresa a posição de liderança mundial no entretenimento.

A solução foi diversificar a fonte de receita

Ficar refém de uma única fonte de faturamento é um problema para qualquer empresa e não seria diferente com a Disney. Para não depender apenas dos parques de diversão, a solução foi retomar aquilo que estava no DNA da corporação: fazer filmes. E deu-se início a uma série de medidas emergenciais.

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A Disney se comprometeu a lançar um filme por ano e aumentou seu número de artistas (de 150 profissionais, saltou para 550 contratados). Também investiu em um novo sistema, desenvolvido pela Pixar (que, na época, era só um pequeno estúdio), que era capaz de colorir animações digitalmente. A missão era não concentrar todas as receitas em uma única fonte.

Mas tomaram cuidado para não alocar recursos em frentes que não trariam retornos. Por isso, mantiveram os investimentos nos complexos de diversão com a construção de novos hoteis e centros comerciais. Também abriram uma editora de livros e chegaram até a comprar um time de hóquei.

As medidas trouxeram resultados. Não à toa, a sequência de filmes lançados após esse período entraram para história e são lembrados até hoje: A Pequena Sereia (1989), A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992) e O Rei Leão (1994). Em números, o sucesso também foi confirmado. Entre 1984 e 1994, o valor de mercado da Disney saltou de US$ 2 bilhões para US$ 22 bilhões.

Dominar as finanças permitiu à Disney recuperar sua posição de liderança no mercado de filmes e entretenimento. Em poucos anos, a empresa se distanciou de uma crise iminente e voltou a ser uma referência de sucesso e encantamento, além de uma das marcas mais bem-sucedidas do mundo.

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