O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Firmino de Santana, dá entrevista após ser recebido pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 11h51.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 11h53.
São Paulo - Após assembleia na porta da fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, sob forte chuva, trabalhadores da Ford realizam na manhã desta terça-feira, 26, uma passeata até a prefeitura da cidade. O objetivo é mostrar à população o que está ocorrendo após o anúncio da empresa, há uma semana, de fechar a fábrica.
O presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, disse que a direção mundial da Ford confirmou nesta terça-feira um encontro com dirigentes sindicais no dia 7 de março, nos Estados Unidos. "Nosso objetivo é apresentar propostas mostrando que essa fábrica é viável e reverter a decisão de fechamento."
Santana afirmou que, até o dia 7 serão realizados vários protestos. O sindicato também inicia nas redes sociais uma campanha para que ninguém compre carros da marca até que essa situação seja resolvida.
Há uma semana, a Ford comunicou aos funcionários que vai fechar a fábrica de São Bernardo ao longo deste ano. Com 52 anos de operações, a unidade produz apenas caminhões e o modelo Fiesta, e opera com menos de 20% de sua capacidade produtiva.
O grupo decidiu abandonar o mercado de caminhões, produzidos apenas no Brasil, e o Fiesta, lançado em 2013, vai sair de linha.
A empresa vai concentrar a produção na fábrica de Camaçari, na Bahia, onde produz os modelos Ka e EcoSport, os mais vendidos da marca. Também tem uma unidade de motores em Taubaté.