Rodas são acopladas a carro na fábrica da Ford, em Camaçari, na Bahia (Divulgação/Ford)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2014 às 18h07.
São Paulo - O vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, afirmou nesta terça-feira, 14, que a previsão da montadora é de que o volume do mercado brasileiro de automóveis termine 2014 entre 3,4 milhões e 3,5 milhões de unidades.
Segundo ele, em 2015, a expectativa é de que o mercado assuma "volumes similares" ao deste ano.
Durante palestra no Congresso Perspectivas 2015, o executivo previu ainda que um novo ciclo de crescimento da indústria automobilística vai demorar "um pouco mais do que 2016" para começar.
Golfarb destacou que, no acumulado do ano até setembro, o nível de estoques das montadoras no Brasil tem caído em uma intensidade menor (-3,9%) do que a queda na produção (-16,8%) e exportações (-38,3%).
Segundo ele, isso "significa que, apesar de tudo que tem sido feito, as medidas ainda não são suficientes para gerenciar os estoques".
De janeiro a setembro deste ano, o volume total do estoque era de 404,5 mil unidades. "Deveríamos trabalhar com níveis de estoques abaixo do atual", defendeu.
Sobre a crise na Argentina, o vice-presidente da Ford ressaltou que tanto no país vizinho quanto no Brasil a montadora tem realizado uma "busca insana" de eficiência e de redução de custo.
"A gente precisa fazer mais com menos todos os anos, sem afetar aquilo que vai para o consumidor, sem deteriorar a qualidade, o conteúdo e a modernidade", afirmou.
De acordo com ele, a grande vantagem da Ford é a comunicação, por meio da qual "você consegue suavizar as curvas de quedas, porque divide as quedas aqui e na Argentina".
Golfarb afirmou que a indústria automobilística brasileira e a argentina tem um excesso da capacidade instalada, atualmente de 45%, considerando os dois países, o que deve provocar um aumento maior do custo fixo por unidade.
Segundo previsões da companhia, esse excesso de capacidade deve crescer ainda mais nos próximos anos: para 53% em 2015; reduzindo para 50% em 2016; 45% em 2017 e 41% em 2018.