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Ford demite mais de 300 trabalhadores em São Bernardo

O grupo estava com contratos suspensos há pelo menos cinco meses e começou a receber na quinta-feira, 10, os telegramas de dispensa

Ford: na manhã desta sexta-feira, os trabalhadores da área de estamparia paralisaram as atividades (./Getty Images)

Ford: na manhã desta sexta-feira, os trabalhadores da área de estamparia paralisaram as atividades (./Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 13h17.

Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 15h08.

São Paulo - A Ford demitiu 364 trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, nesta sexta-feira, 11. O grupo estava com contratos suspensos há pelo menos cinco meses, o chamado lay-off, e começou a receber na quinta-feira, 10, os telegramas de dispensa.

Na manhã desta sexta-feira, após assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores da área de estamparia paralisaram as atividades, o que prejudica a produção nos demais setores.

A Ford então anunciou folgas para todos os funcionários na segunda e na terça-feira, para futura compensação. A unidade produz o modelo Fiesta e caminhões.

Em nota, a montadora informou que "nos dois últimos anos, a Ford adotou uma série de medidas para administrar o excesso de empregados decorrente da redução do volume de produção em São Bernardo do Campo, tais como PPE, PDV, lay-off e férias coletivas.

Entretanto, devido à necessidade de adequar os níveis de mão de obra às demandas de mercado, estamos fazendo o desligamento dos funcionários da planta de São Bernardo do Campo que estavam em layoff".

Segundo o sindicato, havia um acordo entre as partes fechado em 2015 que previa estabilidade no emprego até janeiro de 2018. A entidade aguarda encontro com a direção da empresa para discutir o tema.

Em resposta, a Ford emitiu o seguinte comunicado:

“Nos dois últimos anos, a Ford adotou uma série de medidas para administrar o excesso de empregados decorrente da redução do volume de produção em São Bernardo do Campo, tais como PPE, PDV, suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff) e férias coletivas. Entretanto, devido à necessidade de adequar os níveis de mão-de-obra às demandas de mercado, estamos fazendo o desligamento dos funcionários da planta de São Bernardo do Campo que estavam em layoff.”

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