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Ford acerta indenização de R$ 130 mil a trabalhador de fábrica fechada

Fábrica deve ser definitivamente fechada até julho, segundo sindicato

Ford: os trabalhadores e seus familiares terão cobertura de plano de saúde sem carência por mais seis meses, a partir da data de suas demissões (Roosevelt Cassio/Reuters)

Ford: os trabalhadores e seus familiares terão cobertura de plano de saúde sem carência por mais seis meses, a partir da data de suas demissões (Roosevelt Cassio/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de maio de 2021 às 15h24.

A Ford fechou nesta quarta-feira um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari para demitir seus cerca de 4.500 funcionários nas plantas da montadora na cidade. A proposta da multinacional, que anunciou em janeiro que sairia do país, prevê o pagamento aos trabalhadores de ao menos R$ 130 mil em indenizações complementares às rescisões.

O acordo coletivo segue os moldes do que já foi aprovado, em abril, pelos funcionários da Ford em Taubaté (SP). Com isso, a montadora só vai manter, até o terceiro trimestre deste ano, uma linha de montagem da marca Troller no Ceará.

A proposta aprovada em Camaçari inclui uma compensação financeira adicional às verbas recisórias. Cada operário de linha de montagem terá direito a receber 2,05 salários por cada ano trabalhado na Ford, com garantia de indenização mínima de R$ 130 mil. Já para os funcionários administrativos, o piso de indenização é o mesmo, mas o cálculo é de 1 salário por ano trabalhado.

"O acordo cria condição de minimizar impactos da saída da empresa da região de Camaçari. Além do valor mínimo de R$ 130 mil, os trabalhadores receberão um montante fixo de R$ 30 mil quando o cálculo da idenização ultrapassar esse valor", diz Júlio Bonfim, presidente do sindicato. Segundo ele, o acordo foi aprovado por unanimidade.

Além disso, os trabalhadores e seus familiares terão cobertura de plano de saúde sem carência por mais seis meses, a partir da data de suas demissões.

As plantas de Camaçari, que produzia os modelos Ka e Ecosport, e Taubaté, que fazia motores, atualmente só fabricam autopeças para reposição. Segundo Bonfim, a previsão é de que o encerramento definitivo da produção seja feito em até o início de julho.

Em nota, a Ford afirma que oferece ainda "um programa de qualificação dos trabalhadores e (...) um suporte para recolocação por meio da contratação de uma empresa especializada".

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