Eike: a Interpol funciona, na prática, como uma rede que mantém conexão com as polícias de quase 200 países (Patrick Fallon/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 16h59.
Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 18h52.
O nome do empresário Eike Batista foi incluído na difusão vermelha da Interpol (Polícia Internacional) - índex dos mais procurados em todo o mundo.
A Polícia Federal não encontrou Eike na manhã desta quinta-feira, 26, em sua residência, no Rio. O empresário é formalmente declarado foragido.
A Interpol funciona, na prática, como uma rede que mantém conexão com as polícias de quase 200 países. Os nomes dos procurados abastecem o cadastro da Interpol.
A ordem de prisão contra Eike foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Eficiência - desdobramento da Calicute e da Lava Jato que mira o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Com base nas delações premiadas de dois operadores do mercado financeiro, Renato e Marcelo Chebar, a Polícia Federal e a Procuradoria da República descobriram remessas de US$ 100 milhões para o exterior em favor do peemedebista.
Eike foi o 'autor intelectual' da transferência de US$ 16,5 milhões, transação que envolveu conta do empresário no Panamá e remessa final para o Uruguai.
A prisão de Eike foi decretada no dia 13. A PF acredita que o empresário pode ter saído do País usando passaporte alemão. O delegado Tacio Muzzi, da PF, disse que não trabalha com a hipótese de que houve vazamento da Operação Eficiência, abrindo caminho para a fuga de Eike.
A defesa do empresário informou que ele ficou 'surpreso' com a ordem de prisão. O advogado disse que Eike vai se apresentar, mas não disse quando isso vai ocorrer.