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Fitch: Petrobras dependerá de financiamento externo contra dívida

"Embora a Petrobras tenha reportado progresso muito positivo, atingir suas metas de desalavancagem de 2018 poderia ser desafiador", afirma comunicado

Petrobras: a Fitch considera a meta "agressiva", já que a expectativa total de venda de ativos soma-se aos US$ 35 bilhões para o período (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: a Fitch considera a meta "agressiva", já que a expectativa total de venda de ativos soma-se aos US$ 35 bilhões para o período (Dado Galdieri/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 19h17.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch afirmou que a Petrobras permanece muito alavancada e provavelmente dependerá de financiamento externo para refinanciar suas dívidas, segundo o mais recente relatório da agência.

"Embora a Petrobras tenha reportado progresso muito positivo em seu plano de desinvestimento, atingir suas metas de desalavancagem de 2018 poderia ser desafiador", afirma no comunicado Lucas Aristizabal, diretor sênior da Fitch.

"O plano de negócios da Petrobras busca reduzir significativamente a alavancagem líquida para 2,5x até 2018, de 4,7x em setembro de 2016."

Aristizabal diz que a meta traçada pela petroleira do Brasil implica uma redução na dívida de aproximadamente US$ 50 bilhões ao longo dos próximos dois anos, considerando-se que os níveis atuais de Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e caixa permaneçam constantes.

A Fitch considera a meta "agressiva", já que a expectativa total de venda de ativos soma-se aos US$ 35 bilhões para o período.

A agência espera agora que a alavancagem líquida da companhia fique em cerca de 3,5x até o fim de 2017, de 4,7x até 30 de setembro de 2016, contando que a companhia receba uma parcela significativa dos pagamentos pela venda de ativos durante o ano atual.

Para atingir sua meta de alavancagem líquida de 2,5x até o fim deste ano, a companhia teria de receber mais US$ 20 bilhões das vendas de ativos nos próximos 24 meses e ver seu Ebitda avançar para perto de US$ 30 bilhões, diz a agência.

A Fitch ainda considera que a nova política de preços da empresa anunciada em outubro passado é positiva e dá mais transparência, além de "aumentar marginalmente a independência frente ao governo federal" à medida que isso encerra a política de longo prazo de controle dos preços do governo, prejudicial segundo a agência.

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