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Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2011 às 18h17.
Rio de Janeiro - A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia ( MC&T), participa pela sexta edição consecutiva da feira Rio Oil&Gas, no Rio de Janeiro. A agência de inovação do MC&T expõe, pela primeira vez, seis projetos desenvolvidos por empresas incubadas em centros tecnológicos de universidades nacionais, com apoio do Fundo Setorial do Petróleo e Gás Natural (CT-Petro).
"A Finep está dando oportunidade dessas empresas fazerem negócios, mostrarem-se para o setor de petróleo e gás e trocarem ideias", disse hoje (14) a secretária técnica do CT-Petro, Simone Paiva. "Acho que está sendo um sucesso, porque as empresas trouxeram protótipos."
Um dos projetos, desenvolvido pela Ativa Tecnologia e Desenvolvimento em parceria com a Incubadora de Petróleo da Pontifícia Universidade Católica do Rio (Petroinc), com recursos do CT-Petro, é o braço mecânico Manflex para inspeção e manuseio de objetos situados em áreas de difícil acesso. O braço está sendo demonstrado no estande da Finep. Ele acompanha os visitantes, por meio de uma câmera situada em sua extremidade. A empresa incubada desenvolveu também um mini posto de abastecimento para veículos híbridos, cujo protótipo está em exposição na feira.
Outro projeto, da Simex Sistemas de Inspeção Móveis, criada na incubadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) com apoio do CT-Petro, exibe o protótipo de um veículo de inspeção de cascos de navios, imerso em um tanque de acrílico com água, cujo funcionamento simulado pode ser acompanhado pelos visitantes da feira Rio Oil&Gas por meio de um sistema de animações. O veículo desce do navio e entra na água sem o auxílio de mergulhadores ou guindastes, informou a Finep.
Desde a criação do CT-Petro, em 1999, já foram aplicados mais de R$ 1 bilhão em projetos dedicados à pesquisa, desenvolvimento, inovação e formação de recursos humanos para o setor de petróleo e gás, por meio de editais da Finep e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Este ano, a expectativa é de que serão aplicados na área específica de petróleo e gás recursos do CT-Petro no montante de R$ 122 milhões. Isso não quer dizer, contudo, que os projetos de petróleo e gás vão contar apenas com esse valor, disse a secretária técnica do fundo. Os recursos do CT-Petro são oriundos dos royalties do petróleo e acabam alimentando uma série de outras ações, entre as quais subvenção econômica, que permite a aplicação direta nas empresas, e ações transversais, que são de interesse de outros setores e cadeias, segundo Simone.
A Finep também apresenta na feira os trabalhos da Rede CT-Petro Amazônia, que faz uma avaliação da rede da biodiversidade em áreas próximas às atividades petrolíferas na região. "Envolve tecnologias para recuperação de ecossistemas, conservação da biodiversidade, sempre avaliando os impactos locais das atividades petrolíferas na região", destacou Simone.
Ainda durante a feira, que se encerra no próximo dia 16, a Finep apresenta os resultados do edital lançado em 2008 do Promove-Programa de Valorização e Mobilização das Engenharias, que promove a interação das escolas de engenharia com o ensino médio. O objetivo é despertar o interesse dos alunos para cursarem engenharia, com foco na cadeia do petróleo e gás.
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