Fibria: em 2014, a Fibria produziu 117% da energia necessária para processo de produção de celulose (Ricardo Teles/Fibria/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 14h48.
São Paulo - Em caso de um cenário de racionamento de água e energia no estado de São Paulo, a Fibria possui dois planos de contingência, prontos para serem implementados, revelou o presidente Marcelo Castelli.
O executivo mencionou a adequação da produção na fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, e o aumento da importação de insumos.
No caso da falta de água, o executivo detalhou que há produção nas fábricas da Bahia, do Espírito Santo, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
Como o cenário é mais crítico em São Paulo, a unidade de Jacareí é a mais exposta.
"Não teria um impacto na produção, mas um pequeno, em custos, para adequar a produção a um nível de restrição de água", detalhou Castelli, que garantiu que não há necessidade de fechamento da fábrica e realocação da produção para outras unidades, mas sim um ajuste na forma de produzir em caso de racionamento.
Sobre a falta de energia, Castelli reforçou que a empresa está em uma condição tranquila, já que é 100% autossuficiente em energia. "Geramos 100% do que consumimos e há a venda do excedente".
Em 2014, a Fibria produziu 117% da energia necessária para o processo de produção de celulose.
A venda de energia contribuiu diretamente na redução de 6% do custo caixa no quarto trimestre de 2014 na comparação com o trimestre exatamente anterior, que ficou em R$ 472 por tonelada.
Apesar de estar preparada para um cenário de racionamento, segundo o presidente, a companhia enxerga um impacto na cadeia de fornecedores de insumos.
"Dentro de casa estamos equacionados, mas existem estresses, gargalos identificados e planos", disse Castelli, que revelou que a Fibria pode aumentar a importação de insumos devido a problemas com fornecedores que sofrem com o racionamento de energia e água.
"Podemos aumentar, por exemplo, a importação de soda do Golfo, que tem um custo barato".