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Fibria prepara expansão em Três Lagoas, mas IP espera

Três Lagoas, Mato Grosso do Sul - A construção das fábricas integradas de Fibria e International Paper (IP) em Três Lagoas (MS) colocou a cidade no mapa global do setor de papel e celulose. Agora, ambas as empresas estudam a ampliação de suas capacidades, analisando a economia global e aguardando os licenciamentos necessários. A Fibria […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Três Lagoas, Mato Grosso do Sul - A construção das fábricas integradas de Fibria e International Paper (IP) em Três Lagoas (MS) colocou a cidade no mapa global do setor de papel e celulose.

Agora, ambas as empresas estudam a ampliação de suas capacidades, analisando a economia global e aguardando os licenciamentos necessários. A Fibria demonstra estar mais adiantada.

A brasileira Fibria e a norte-americana IP iniciaram operações industriais no município sul-mato-grossense no começo de 2009. A primeira tem capacidade de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano e a segunda produz 200 mil toneladas de papel de imprimir e escrever do tipo A4.

As duas fábricas --cercadas de florestas de eucalipto-- podem ser vistas a mais de cinco quilômetros de distância. A parceria consiste no fornecimento de celulose da Fibria à IP por uma tubulação. A Fibria também disponibiliza água, vapor, ar comprimido e energia elétrica para a IP, que entrega os efluentes para que sejam tratados e devolvidos ao rio Paraná.

A Fibria confirma a previsão de construção da segunda linha de produção em Três Lagoas, onde ao lado da atual fábrica é possível ver uma grande área totalmente desocupada.

"Não somente temos espaço físico para a ampliação como a área já foi até terraplanada. Todas as áreas foram preparadas para a expansão. Uma primeira expansão, porque eu vejo esse local com ainda mais possibilidade de crescimento", afirmou o diretor industrial da Fibria, Francisco Valério.

Segundo ele, é possível que a segunda linha de produção de celulose inicie operação em 2014. A Fibria entrou com o pedido de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/Rima), fundamental para que licenças ambientais e de construção sejam fornecidas. A previsão é que o documento seja concluído em 12 meses.

Benefícios fiscais para a nova linha de produção ainda não foram discutidos com a prefeitura de Três Lagoas. A primeira unidade da Fibria recebeu investimentos de 3,9 bilhões de reais.


Economia preocupa IP

Quando se vê o complexo de papel e celulose da Fibria e da IP, somente é possível saber a qual empresa pertence cada prédio pelo logotipo das empresas. A unidade da IP é menor que a da Fibria. Sua linha de produção consiste em uma máquina gigantesca de produção de papel.

A área industrial da IP na cidade tem capacidade para receber três novas máquinas de papel, segundo o gerente-geral da unidade da empresa de Três Lagoas, Luís Claudio Pereira.

De acordo com ele, a decisão de uma nova máquina depende do mercado de papel e da economia, "principalmente do Brasil e da América Latina", e deve ser tomada em meados de 2012.

"Um investimento de 250 milhões a 300 milhões de dólares envolve uma série de critérios de avaliação. Uma vez tomada a decisão, não se pode voltar atrás", disse Pereira. "Depois que tiver indicação de que mercado, economia e consumo aparente melhoraram, veremos qual é o momento mais oportuno."

A chegada da Eldorado Celulose --que vai erguer uma linha de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose, a maior do mundo individualmente-- não tem nenhuma influência sobre a IP. O gerente-geral da unidade da IP descarta a possibilidade de que a celulose para uma máquina de papel adicional venha da nova empresa.

O contrato atual em vigor entre Fibria e IP para a máquina de papel em operação é de 90 anos, podendo ser prorrogado.

Primeiro ano positivo

Após completarem um ano de operação em Três Lagoas, Fibria e IP têm motivos para comemorar. A produtora de celulose, por exemplo, produziu mais de um milhão de toneladas nos 12 primeiros meses. "Foi uma curva de aprendizado bastante sustentada e muito positiva... Isso significa mais de 85 por cento da produção em um ano", afirmou Valério, da Fibria.

A Fibria iniciou na terça-feira desta semana sua primeira parada geral programada na linha de produção em Três Lagoas, que irá até 1o de julho. "Em uma planta nova você vai acumulando alguns ajustes para fazer junto com os próprios fornecedores da tecnologia", disse o diretor industrial da Fibria.

A fábrica da IP já opera a plena capacidade. "A curva de aprendizado previa que levaria 18 meses, mas atingimos a capacidade total em seis meses", comemorou Pereira.

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