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Fibria fatura no 4º tri, mas alta do dólar dita prejuízo

A Fibria anunciou resultados operacionais robustos, mas a mesma alta do dólar que impulsionou sua receita também levou a companhia a prejuízo no 4º trimestre


	Instalações da Fibria: empresa reportou prejuízo líquido de US$ 128 milhões
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Instalações da Fibria: empresa reportou prejuízo líquido de US$ 128 milhões (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 21h15.

São Paulo - A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou resultados operacionais robustos nesta quarta-feira, refletindo aumento do preço da commodity.

Mas a mesma alta do dólar que impulsionou sua receita também levou a companhia a prejuízo no período, embora o resultado negativo tenha sido menor que o esperado pelo mercado.

A empresa reportou prejuízo líquido de 128 milhões de reais no período. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para prejuízo líquido de 185,25 milhões de reais. Em igual etapa de 2013, a empresa tivera prejuízo líquido de 185 milhões de reais.

A valorização do dólar contra o real no trimestre contribuiu para que o preço médio líquido em reais da celulose vendida subisse 12 por cento. Além disso, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado bateu o recorde de 906 milhões de reais, alta de 10 por cento no comparativo anual.

A margem Ebitda subiu 3 pontos percentuais ano a ano, a 45 por cento.

A receita líquida somou 2,001 bilhões de reais no trimestre, alta de 2 por cento ante igual etapa de 2013. Isso mesmo com a queda de 2 por cento no volume de vendas na mesma comparação.

A produção de celulose foi 2 por cento superior. A Fibria teve de outubro a dezembro um resultado financeiro negativo de 611 milhões reais, impactado pela alta do dólar sobre a dívida, mesmo após a dívida líquida da companhia em dólares ter caído 15 por cento em 12 meses, a 2,84 bilhões.

A Fibria disse que os fundamentos positivos do lado da demanda permitiram que a companhia anunciasse um novo aumento de preços a partir deste mês, a 770 dólares/tonelada para a Europa.

O custo caixa de produção subiu 1 por cento ante igual período de 2013, a 472 reais por tonelada.

Na base sequencial, houve queda de 6 por cento, devido à ausência de paradas programadas para manutenção, melhor resultado com venda de energia, menor consumo de energia e custo com madeira.

A Fibria avisou que seu Conselho de Administração aprovou pagar 36,9 milhões de reais em dividendos a acionistas.

2015 A empresa afirmou que seguirá buscando opções para minimizar a estrutura de custos e manter o aumento do custo caixa de produção em 2015 abaixo da inflação.

"A companhia está preparada para enfrentar qualquer cenário adverso com a possibilidade de racionamento de energia elétrica em 2015, tendo em vista que é autossuficiente", disse a Fibria em comunicado.

No ano passado, a empresa produziu 117 por cento da energia de que precisou na produção.

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