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Fibria deve aumentar em 15% investimentos em 2011

O montante para o próximo ano deverá ser utilizado em manutenção e plantio de novas áreas, além de "algo em expansão"

A Fibria planeja uma segunda linha de produção na unidade sul-matogrossense de Três Lagoas (Germano Luders/EXAME)

A Fibria planeja uma segunda linha de produção na unidade sul-matogrossense de Três Lagoas (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2010 às 20h47.

São Paulo - A maior fabricante de celulose do mundo, Fibria, deve investir 1,5 bilhão de reais em 2011, valor superior aos 1,3 bilhão que deverão ser investidos em 2010, afirmou nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia, Carlos Aguiar.

O montante para o próximo ano deverá ser utilizado em manutenção e plantio de novas áreas, além de "algo em expansão", afirmou Aguiar.

Segundo o executivo, a meta da Fibria é "dobrar a produção nos próximos dez anos". "E Três Lagoas é a prioridade", disse Aguiar a jornalistas após evento do setor.

A Fibria planeja uma segunda linha de produção na unidade sul-matogrossense de Três Lagoas, com início das operações previsto para o segundo semestre de 2014. A primeira linha produz 1,3 milhão de toneladas de celulose de eucalipto por ano.

Aguiar explicou que a empresa já possui 30 mil hectares de terras "sobrando" para a próxima linha, além de ter outros 45 mil hectares arrendados. "E estamos comprando madeira de terceiros", acrescentou.

Outra vertente para o crescimento na produção da Fibria é a expansão da Veracel, joint-venture da empresa e da sueco-finlandesa Stora-Enso. "Estamos na fase de acerto com nosso parceiro.. Mas já temos um terço das florestas necessárias", disse o presidente. A expansão da Veracel deve ser concluída entre 2015 e 2016.

Além disso, Aguiar cita o Projeto Losango (RS) e uma quarta linha de produção em Aracruz (ES) como meios de crescimento. "Já temos 65 mil hectares plantados no Rio Grande do Sul", disse Aguiar, que disse ainda que uma quarta linha na unidade capixaba aconteceria por volta de 2020.

Preços

O presidente da Fibria se recusou a falar sobre a decisão da chilena CMPC de reduzir, a partir de 1o de novembro, os preços para a China em 50 dólares por tonelada.

"Não falo sobre preços... Não fizemos nenhum anúncio (sobre aumento de preços)", disse Aguiar.

Para 2011, o executivo espera estabilidade de preços. "O dólar fraco mantém ou eleva o preço... Só vejo queda se houver uma mudança violenta na economia", disse Aguiar.

As ações da Fibria encerraram em queda de 1,58 por cento nesta segunda-feira, cotadas a 28,05 reais. O Ibovespa fechou em baixa de 1,78 por cento.

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