Carros à venda na concessionária da Fiat no Rio de Janeiro: receita líquida cresceu 12%, para € 22,1 bilhões, impulsionados por ganhos na América do Norte e na Ásia (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 19h15.
Nova York - A montadora italiana Fiat reportou um prejuízo líquido de 319 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um forte recuo em relação ao lucro de líquido de 31 milhões de euros registrados no mesmo período do ano passado.
A receita líquida cresceu 12%, para 22,1 bilhões de euros, impulsionados por ganhos na América do Norte e na Ásia, bem como as melhoras nas vendas da Ferrari e da Maserati.
A empresa informou que as perdas ocorreram por custos pontuais ligados ao pagamento para a United Auto Workers referente à compra da Chrysler e pelos resultados ruins na Venezuela.
Sem esses custos, a Fiat disse que teria lucro líquido de 71 milhões de euros. O grupo perdeu dinheiro em suas marcas de mercado de massa nas Américas e na Europa, ao mesmo tempo que fez dinheiro na Ásia-Pacífico e no mundo com as suas marcas de luxo.
A empresa aproveitou a divulgação do balanço para relatar os seus planos para os próximos anos. A ideia da companhia é de que a nova empresa criada a partir da fusão com a Chrysler tenha um total de 7 milhões de vendas em 2018, ante os 4,4 milhões do ano passado.
Para concluir esse plano ambicioso, a companhia está planejando vender títulos para financiar os planos de recuperação do grupo e refinanciar a dívida já existente.
O executivo-chefe da companhia, Sergio Marchionne, descartou uma oferta de ações da Ferrari, um movimento que poderia ter levantado o dinheiro necessário.
A montadora reafirmou ainda seu plano de passar a sua principal cotação para a Bolsa de Nova York, mantendo a listagem de Milão como secundária. A nova empresa, chamada Fiat Chrysler, será registrada na Holanda e terá seu domicílio fiscal na Grã-Bretanha. Fonte: Dow Jones Newswires.