Cledorvino Belini afirmou que a empresa tem perspectiva de elevar a capacidade final da nova fábrica dos atuais 200 mil veículos por ano projetados para 250 mil (Pedro Motta/EXAME)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 15h11.
São Paulo - A montadora italiana Fiat pode elevar os investimentos previstos para sua segunda fábrica no Brasil em até 1 bilhão de reais, em meio a uma possível expansão de 25 por cento na capacidade do projeto.
Em evento nesta terça-feira para anunciar a instalação da nova fábrica na cidade pernambucana de Goiana, o presidente do grupo Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini, afirmou que a empresa tem perspectiva de elevar a capacidade final da nova fábrica dos atuais 200 mil veículos por ano projetados para 250 mil.
O projeto original, que previa a instalação da fábrica no complexo portuário de Suape, também em Pernambuco, acabou sendo transferido para Goiana, a 65 quilômetros de distância de Recife. A cidade possui um terreno grande e plano o suficiente para abrigar a fábrica integrada a uma pista de testes e fornecedores de autopeças.
Inicialmente, o espaço limitado que a Fiat ocuparia no distrito industrial de Suape obrigaria a montadora a ter três áreas distintas para produção no Estado e, com a mudança para Goiana, todo o projeto poderá ser integrado, melhorando a competitividade do empreendimento, informou a assessoria de imprensa da Fiat.
O plano inicial da Fiat era de investir 3 bilhões de reais na construção da fábrica, mas com a mudança para a área maior de Goiana e a perspectiva de aumento da capacidade do projeto para 250 mil unidades anuais o valor pode subir para entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de reais, disse Belini em apresentação em Pernambuco, segundo a assessoria.
A fábrica terá estrutura modular, o que significa que poderá se expandir ao longo do tempo. Se a montadora decidir pela expansão do projeto, os recursos serão incrementais ao plano de investimentos no Brasil de 10 bilhões de reais entre 2011 e 2014.
A expectativa da Fiat é que a nova fábrica comece a operar entre o final de 2013 e início de 2014. A unidade montará uma plataforma de veículos para produção em grande escala para atender ao mercado latino-americano.
"Há uma necessidade real de crescimento para atender à demanda do mercado brasileiro nos próximos anos", informou a assessoria da montadora.
Segundo estimativa da associação de montadoras de veículos do Brasil, Anfavea, o mercado brasileiro deve crescer para vendas de cerca de 6 milhões de unidades por ano em 2020, ante previsão de cerca de 3,7 milhões em 2011.