Fábrica da Fiat: a área mais atingida foi a de montagem final, mas a maioria dos setores da unidade conseguiu funcionar normalmente, segundo a empresa (REUTERS/Alessandro Bianchi)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 13h32.
São Paulo - A assessoria da Fiat Automóveis negou nesta sexta-feira, 25, que a produção da montadora em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, tenha sido paralisada por três horas nesta manhã, conforme informado mais cedo pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região.
De acordo com a assessoria, houve um atraso de apenas 30 minutos na entrada de empregados do primeiro turno, que começa às 6 horas. O atraso foi causado por um protesto do sindicato na via de acesso à montadora. A área mais atingida foi a de montagem final, mas a maioria dos setores da unidade conseguiu funcionar normalmente, segundo a assessoria.
O protesto fechou uma das pistas da rodovia Fernão Dias (BR-381). Os ônibus de transporte de trabalhadores foram impedidos de seguir viagem e os funcionários tiveram de caminhar por quase um quilômetro até a Fiat.
"Os empregados que estavam dentro dos ônibus parados na BR-381 não aderiram ao movimento e optaram por descer, seguindo a pé para o trabalho por iniciativa própria", afirmou a assessoria, em nota encaminhada ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. "Não houve, portanto, protestos de funcionários da Fiat. A ação ficou restrita ao bloqueio da 381, feita pelo sindicato."
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim Região, João Alves, a manifestação ocorreu por causa do impasse entre a categoria e os metalúrgicos mineiros que, em campanha salarial unificada, pediam desde julho 13% de reajuste, mas reduziram a demanda para 10% de aumento. Já as indústrias, entre elas a Fiat, oferecem 5,9% de reajuste e condicionam qualquer aumento acima desse porcentual à criação de um banco de horas.